A Justiça de Alagoas determinou a suspensão das redes sociais de influenciadores envolvidos na segunda fase da operação "Game Over", que investiga a promoção ilegal de jogos de azar nas plataformas digitais do estado. Entre os investigados estão os influenciadores Babal Guimarães e Rico Melquiades, que tiveram bens apreendidos durante a ação realizada nesta quarta-feira (15).

Segundo o delegado Lucimério Campos, responsável pela Delegacia de Estelionato, a decisão foi tomada a partir de um pedido da polícia. As redes sociais dos alvos da operação, que prestaram depoimento na manhã de hoje, deverão ser desativadas nas próximas horas. A liberação dessas plataformas só ocorrerá após uma avaliação pelos juízes da 17ª Vara Criminal, que decidirão se as redes podem ser regularizadas.

“O pedido da Polícia Civil foi para suspender as redes sociais dos influenciadores. Eles tiveram as contas suspensas, e a expectativa é que sejam derrubadas em breve. A reativação das contas só acontecerá após a avaliação judicial, conforme as determinações da 17ª Vara Criminal”, explicou o delegado.

Em nota, a defesa de Rico Melquiades informou que nenhum item ilícito foi encontrado durante a ação policial e que ainda não teve acesso ao processo investigativo. A defesa afirmou que, assim que obtiverem as informações necessárias, tomarão as devidas providências legais.

A operação desta quarta-feira, realizada em Maceió, Penedo e Arapiraca, envolveu 18 alvos suspeitos de divulgar o “Jogo do Tigrinho” (Fortune Tiger), um jogo de azar online. Durante a ação, foram apreendidos grandes quantias de dinheiro em espécie, tanto em reais quanto em euros, além de cartões de crédito, relógios de luxo, um quadriciclo, uma moto e um carro Porsche.

Babal Guimarães, influenciador e cunhado de Carlinhos Maia, foi um dos alvos da operação e foi conduzido à delegacia para a lavratura do termo circunstanciado de ocorrência (TCO), sem mandado de prisão. Rico Melquiades também teve bens apreendidos pela polícia.

As investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia de Estelionato, sob a coordenação do delegado Lucimério Campos. O delegado-geral Gustavo Xavier acompanhou a operação, junto com diretores, delegados, agentes e escrivães de diversos setores da Polícia Civil de Alagoas (PCAL).