José Cláudio Lopes dos Santos Júnior, integrante da torcida Comando Alvirrubro, do Clube de Regatas Brasil (CRB), foi condenado pelo júri popular a 20 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Clebson da Silva Aureliano, membro da torcida Mancha Azul, do Centro Sportivo Alagoano (CSA). O julgamento ocorreu nessa quinta-feira (30) e durou 14 horas.

Segundo o Ministério Público de Alagoas (MPAL), representado pela promotora de Justiça Adilza Freitas, o crime foi cometido por motivo fútil, com frieza e impossibilitou a defesa da vítima, que foi atingida pelas costas. O réu recebeu pena de 18 anos e nove meses de reclusão pelo homicídio duplamente qualificado, além de dois anos e um mês pelo crime de disparo de arma de fogo, conforme o artigo 14 da Lei 10.826/03.

O crime ocorreu quando Clebson Aureliano voltava para casa uniformizado, junto a outros torcedores do CSA, após uma vitória do time. No bairro de Fernão Velho, em Maceió, o grupo encontrou membros da torcida rival, iniciando uma discussão. Conforme os autos, Edvaldo dos Santos Lobo, conhecido como Nuno, teria ordenado que José Cláudio buscasse uma arma, utilizando a expressão "pega a peça". O réu retornou armado, efetuou disparos para o alto e depois atirou contra Clebson, que não teve chance de reação.

O histórico criminal do condenado inclui outras duas sentenças por crimes dolosos, além de envolvimento com o tráfico de drogas. A Justiça considerou que a reincidência e o estilo de vida do réu tornavam inviável a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

A vítima deixou cinco filhos menores de idade.