A ex-presidenta Dilma Rousseff continuará liderando o Banco do Brics, instituição que preside desde março de 2023. Sua recondução ao cargo, inicialmente prevista para se encerrar em julho deste ano, foi confirmada pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Em suas redes sociais, Gleisi parabenizou Dilma pela renovação de seu mandato à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), destacando o papel significativo do banco no desenvolvimento dos países membros do Brics. "Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países", escreveu a ministra.

A decisão de manter Dilma no cargo já havia sido sinalizada no final de 2023 pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a 16ª Cúpula do Brics, realizada em Kazan. De acordo com as normas do banco, a presidência é rotacionada entre os países fundadores do bloco — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — para mandatos de cinco anos. Inicialmente, a indicação para o próximo mandato deveria ser da Rússia, mas, como explicou Putin, a escolha de Dilma foi uma estratégia para evitar "transferir todos os problemas [decorrentes da guerra com a Ucrânia] à Rússia."

Dilma Rousseff assumiu a liderança do NDB em março de 2023, substituindo Marcos Troyjo, indicado pelo governo de Jair Bolsonaro. A mudança na presidência aconteceu após Luiz Inácio Lula da Silva assumir a Presidência do Brasil.