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Piaçabuçu leva as doçuras da agricultura familiar ao Alagostoso
Durante a safra de novembro a janeiro, o caju se torna o ouro doce de Piaçabuçu. Farto, ele toma conta das feiras livres da cidade. Quando não vendido, é doado, transformado em sucos, doces — ou simplesmente se perde, apodrecendo ao sol. Para evitar esse desperdício, a Cooperativa Ecoagroextrativista (@coopearp) passou a transformar o fruto em doces prontos para o consumo, agregando valor ao que antes era descartado.
No Alagostoso, a Coopearp vai apresentar parte desse trabalho, levando o doce de caju, a pimenta rosa, além de geleias de mangaba e tamarindo — produtos que expressam o sabor e a identidade da agricultura familiar da região.
Uma das 28 mulheres da Coopearp é Rita Paula dos Santos. “Em Piaçabuçu não passamos fome, tem uma riqueza de frutas e o Rio São Francisco, e com a cooperativa nada se perde, se transforma em doces. E a pimenta rosa tem mercado certo, mas queremos no Alagostoso conquistar novos mercados” , disse Rita Paula.
Para a professora e pesquisadora da UFAL, a bióloga Flávia Moura, Piaçabuçu é muito mais do que as belezas naturais das dunas e da foz do Rio São Francisco. “O município está tem parte de suas terras dentro de Áreas de Proteção Ambiental — a APA de Piaçabuçu, que abrange as Dunas entre o Pontal do Peba e Foz do Rio São Francisco (federal) e a Apa da Marituba (estadual) — que abrigam uma biodiversidade riquíssima”, destaca.
Ela ressalta que, embora cooperativas e associações locais já realizem o beneficiamento de frutos nativos em doces e geleias, a dificuldade em escoar essa produção ainda é um desafio. “Feiras e eventos pontuais não são suficientes. Com o Alagostoso, queremos apresentar esses produtos para o principal mercado: Maceió — com seus bares, empórios e restaurantes”, explica Flávia
De Senador Rui Palmeira, a Cooperativa Cactus (@cactus.docurasdosertao) apresenta uma linha criativa e ousada com produtos como a geleia extra picante de umbu, umbunana com gengibre, licuri cristalizado e doce integral de umbu — tudo feito a partir de frutos nativos e em harmonia com o bioma local.
De Santana do Ipanema, chegam o molho artesanal de tomate cereja com manjericão e a geleia premium de acerola picante da Associação dos Agricultores Familiares de Santana do Ipanema (@associacao_afsi). Já Palmeira dos Índios traz sua estrela: a jabuticaba, transformada em compotas, geleias, molhos defumados e até um fermentado conhecido como, vinho de Jabuticaba da Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa (@coopcam_agroindustria).
Maceió também marca presença com a Uniprópolis (@unipropolisoficial), levando mel e própolis da capital. E como convidado especial, o Cacau Matriz (@cacaumatriz_) apresenta seus chocolates produzidos em Matriz de Camaragibe, com cacau cultivado também em outras cidades alagoanas.
O evento é gratuito e contará com degustações, rodada de negócios e comercialização de produtos do extrativismo sustentável. Uma oportunidade de saborear e valorizar os saberes e sabores do interior alagoano.
Fotos: professora e pesquisadora da UFAL, Flávia Moura
Doce de caju, a pimenta rosa, geleias de mangaba e tamarindo da Coopearp
Rita e Eliene da Coopearp


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