Previsto para começar nesta quarta-feira (23), o julgamento dos acusados pelo assassinato de Roberta Costa Dias, ocorrido em 2012, pode ser adiado. A possibilidade surgiu após um pedido de desaforamento feito pela defesa de um dos réus, solicitando que o júri seja transferido para outra cidade. A solicitação ainda aguarda decisão do Tribunal de Justiça.

O juiz responsável pelo caso, Lucas Dória, explicou que a análise do pedido está nas mãos de um desembargador relator, que será designado para decidir se o julgamento permanece na comarca atual ou será levado a outro município. “Ainda não temos informações sobre a distribuição do pedido nem sobre qualquer decisão. Assim que isso acontecer, vamos seguir conforme a determinação do Tribunal”, afirmou o magistrado.

A programação do julgamento inclui três dias de atividades. Nesta quarta-feira (23), está previsto o sorteio dos jurados e o início da oitiva das oito testemunhas de acusação, cada uma com cerca de 40 minutos de depoimento.

Na quinta-feira (24), será a vez das testemunhas de defesa e dos interrogatórios dos réus: Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares, conhecido como "Bruninho". Já na sexta-feira (25), ocorrerão os debates entre acusação e defesa. A previsão é que essa etapa dure cerca de nove horas, com início antecipado para que seja concluída no mesmo dia, sem interrupções.

Roberta Costa Dias desapareceu em abril de 2012, aos 18 anos, após ir a uma consulta médica. Grávida de um jovem de 17 anos chamado Saullo, filho de Mary Jane, Roberta teria sido atraída por ele e pela mãe para uma emboscada. A família do rapaz não aceitava a gravidez.

A ossada da jovem só foi encontrada em 2021, nove anos após o desaparecimento, na Praia do Pontal do Peba, em Piaçabuçu (AL). A identificação foi feita após a mãe da vítima, desconfiada ao saber da descoberta de um crânio na região, providenciar uma escavadeira para buscas no local. A Perícia Oficial confirmou a identidade dos restos mortais.