A defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresentou, neste sábado (26), um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele cumpra prisão domiciliar. Os advogados anexaram ao processo um laudo médico que aponta o diagnóstico de mal de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

Collor foi preso na madrugada de sexta-feira (25) em Maceió, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a execução da pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito de investigação decorrente da Operação Lava Jato.

O novo pedido da defesa vem após o ex-presidente ter afirmado, em audiência de custódia realizada ainda na sexta-feira, que não possuía doenças nem fazia uso contínuo de medicamentos. No entanto, o relatório médico apresentado agora, assinado pelo neurologista Rogério Tuma, afirma que Collor necessita do uso diário de medicamentos, do equipamento CPAP para tratamento da apneia do sono e de acompanhamento médico periódico.

Segundo o laudo, a doença de Parkinson, embora atualmente controlada, é progressiva e pode se agravar sem o tratamento adequado. O médico também alertou que situações de estresse, interrupção no uso da medicação e ambientes adversos podem desencadear crises de ansiedade e depressão.

O Supremo Tribunal Federal ainda não decidiu sobre o novo pedido da defesa.