A formação da federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil, batizada de Federação Progressista, pode representar um revés estratégico para o deputado Arthur Lira (PP-AL). Embora tenha articulado os primeiros movimentos do grupo, Lira não deve assumir a presidência nacional da federação, como inicialmente previsto.

Segundo informações do jornalista Ricardo Mota, do portal Cada Minuto, o cargo ficará com o União Brasil, maior legenda da união. Com isso, Lira poderá ocupar apenas a vice-presidência da federação, que reúne 109 deputados federais e 14 senadores — a maior bancada do Congresso Nacional.

Além da força parlamentar, a nova federação terá acesso a um volume significativo de recursos: cerca de R$ 1 bilhão em fundo eleitoral e aproximadamente R$ 200 milhões em fundo partidário. A movimentação gera repercussões internas e pode provocar saídas pontuais, como a do deputado Alfredo Gaspar (UB-AL), que teria demonstrado desconforto com a configuração.

Apesar do cenário nacional adverso, Arthur Lira deve manter o controle da federação em Alagoas. A movimentação evidencia disputas por poder dentro do bloco recém-formado e pode influenciar o cenário político rumo às eleições municipais e à sucessão da presidência da Câmara.