Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e outros crimes investigados na Operação Lava Jato, o ex-presidente Fernando Collor de Mello cumprirá prisão domiciliar em uma cobertura de luxo no bairro Jatiúca, área nobre de Maceió. A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a defesa apresentar laudos médicos que comprovam o diagnóstico de Parkinson e outras comorbidades.

O imóvel, com 600 metros quadrados e vista para o mar, está localizado no 6º andar do Edifício Residencial Chateau Larousse e conta com piscina privativa, bar, quatro suítes e um quarto de empregada. A cobertura foi penhorada em novembro de 2024 como garantia de pagamento de uma dívida trabalhista de R$ 264 mil com um ex-funcionário da TV Mar, empresa ligada ao ex-presidente. Avaliado em R$ 9 milhões, o apartamento permanecerá penhorado até 2028.

A cobertura é dividida em dois pavimentos. No primeiro, há varanda, salas de estar e jantar, gabinete, adega, lavabo, três suítes (uma máster), copa/cozinha, despensa, área de serviço e dependência de empregada. No andar superior, há mais uma suíte, espaço de estar íntimo, piscina, terraços, bar e dois banheiros. O condomínio oferece ainda cinco vagas de garagem.

Collor estava preso desde 26 de abril, em cela especial em Alagoas, e foi liberado nesta quinta-feira (1º) para cumprir a pena em regime domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Ele está proibido de deixar o país e teve seus passaportes retidos. Visitas estão restritas a advogados.

Em 2022, o imóvel não constava na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral, ao contrário de 2018, quando foi declarado com valor de R$ 1,8 milhão, adquirido em 2006. Outra mansão de Collor, em Campos do Jordão (SP), também já foi penhorada por dívidas trabalhistas.