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Jovem tinha somente 16 anos

Família contesta ação policial que resultou na morte de adolescente em Palmeira dos Índios

Por Redação 05/05/2025 13h01
Família contesta ação policial que resultou na morte de adolescente em Palmeira dos Índios

A morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, durante uma ação da Polícia Militar em Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano, gerou forte comoção e revolta entre familiares. O jovem foi baleado após uma perseguição policial no último sábado (3), e a família contesta a versão apresentada pelos militares envolvidos.

Segundo a Polícia Militar, agentes do 10º Batalhão estavam em patrulha quando presenciaram o adolescente realizando manobras perigosas em uma motocicleta, incluindo o avanço em um sinal vermelho e empinadas em via pública. A corporação afirma que, ao tentar abordá-lo, o jovem teria desobedecido as ordens de parada, fugido em alta velocidade e, posteriormente, atirado contra a viatura. Um dos policiais teria revidado, atingindo o rapaz, que acabou perdendo o controle do veículo e caindo. Ele foi socorrido com vida, mas morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Ainda de acordo com o relatório, um revólver calibre 38 com munições foi apreendido com o adolescente.

A versão oficial, no entanto, é veementemente rejeitada pela família de Gabriel. A tia do jovem, Flávia Ferreira, afirma que ele não tinha qualquer envolvimento com o crime e saiu de casa naquela noite apenas para comprar alface para a lanchonete dos pais, da qual participava com entusiasmo. “Ele era estudioso, respeitoso e ajudava a família. O sonho dele era cuidar do negócio dos pais”, disse.

Flávia também relatou que o adolescente teria se assustado com a aproximação dos policiais e acelerado, sem saber o que fazer. Ela acusa os agentes de uso excessivo da força. “Ele foi tratado como um criminoso. Estava baleado e jogado como se fosse um animal. Gabriel era só uma criança”, desabafou.

A família soube da morte ao ver uma viatura da PM chegando à UPA, próxima à lanchonete da família. Ao irem até o local, descobriram que se tratava de Gabriel. Agora, os parentes cobram explicações e responsabilização. “A gente quer justiça. Ele não era bandido. A mãe dele está em estado de choque”, afirmou a tia.

A Polícia Militar informou que a arma apreendida foi encaminhada ao Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) e que o caso será investigado.

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