A fumaça branca subiu da chaminé da Capela Sistina na tarde desta quinta-feira (8), às 13h08 (horário de Brasília), indicando ao mundo que a Igreja Católica elegeu um novo papa. O anúncio oficial do nome do 267º sucessor de São Pedro será feito em instantes, com o tradicional "Habemus Papam", pronunciado pelo cardeal protodiácono da Santa Sé, Dominique Mamberti, da sacada central da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

A eleição ocorre 17 dias após a morte do papa Francisco, que faleceu aos 88 anos, em 21 de abril, em decorrência de um AVC e insuficiência cardíaca. Francisco, primeiro papa latino-americano, ocupou o cargo por 12 anos e ficou marcado por reformas históricas e pela tentativa de aproximar a Igreja dos fiéis em um momento de queda global no número de católicos praticantes.

O novo pontífice foi escolhido por 133 cardeais eleitores, o maior colégio cardinalício da história recente. Esta foi a quarta votação desde o início do conclave, que teve início na quarta-feira (7), e seguiu o padrão das duas eleições anteriores: Joseph Ratzinger (Bento XVI) foi eleito em 2005 também no segundo dia, assim como Jorge Mario Bergoglio (Francisco) em 2013.

Com a escolha do novo papa, chega oficialmente ao fim o período conhecido como Sé Vacante, que se inicia com a morte ou renúncia de um pontífice e permanece até a eleição de seu sucessor. O novo líder espiritual dos mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo terá o desafio de dar continuidade às reformas iniciadas por Francisco ou de imprimir uma nova direção à Igreja Católica em um cenário global de grandes transformações sociais, políticas e religiosas.

A expectativa agora se volta para a apresentação pública do novo papa e a sua primeira bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), feita diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.