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MPF acompanha avanços na intervenção judicial do Hospital Veredas em nova reunião técnica

Gestão provisória detalha medidas de reestruturação e metas para retomada de serviços, com prioridade à oncologia pediátrica e ampliação de leitos

Por Redação com agências 09/05/2025 08h08
MPF acompanha avanços na intervenção judicial do Hospital Veredas em nova reunião técnica

O Ministério Público Federal (MPF) realizou, na última segunda-feira (5), mais uma reunião de trabalho para acompanhar os desdobramentos da intervenção judicial em curso no Hospital Veredas, em Maceió. O encontro reuniu representantes da Defensoria Pública da União (DPU), Advocacia-Geral da União (AGU), Controladoria-Geral da União (CGU), Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da junta interventora e da empresa Geesta, atualmente responsável pela gestão da unidade hospitalar.

A intervenção, iniciada em 24 de março após ação civil pública do MPF e da DPU, tem como objetivo a regularização da estrutura e dos serviços do hospital, que enfrentava deficiências operacionais e estruturais. Na reunião, foram apresentados os primeiros resultados e os principais desafios enfrentados.

Uma das prioridades apontadas pela nova gestão é a reestruturação do setor de suprimentos, com atenção especial ao abastecimento de medicamentos e gases hospitalares. Medidas estão sendo negociadas para ampliar a capacidade de geração própria de oxigênio, visando a segurança do fornecimento em eventuais quedas de energia.

Atualmente, 176 leitos estão em funcionamento — 101 deles destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que esse número seja ampliado para mais de 260 leitos, conforme a capacidade instalada. A reabertura da UTI Geral está prevista entre os dias 10 e 15 de maio, o que permitirá a retomada de especialidades, como cirurgias ortopédicas complexas. A oncologia pediátrica é considerada uma das prioridades para reativação, com planos futuros de extensão ao atendimento adulto, embora ainda sem data definida.

A procuradora da República Julia Cadete destacou que a suspensão de serviços no hospital decorreu, em grande parte, da ausência de manutenção predial e dos danos estruturais identificados em inspeções anteriores. Segundo representantes da Geesta, já foram implementadas melhorias como a recuperação do equipamento de esterilização, reparos em estruturas físicas, avanços no centro cirúrgico e odontológico e patrimonialização de bens da unidade.

A procuradora Roberta Bomfim reforçou que os critérios de prioridade para a realização de cirurgias devem ser uniformes, independentemente da origem da solicitação. Já o procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Bruno Lamenha, enfatizou a importância da retomada do serviço de oncologia pediátrica, considerado essencial para o atendimento estadual.

Também foi discutida a situação dos programas de residência médica, que foram afetados pela suspensão de serviços. A AGU ficou responsável por solicitar ao Ministério da Educação o procedimento administrativo referente ao remanejamento dos programas.

O processo de reestruturação do Hospital Veredas segue em andamento, com a atuação conjunta das instituições para garantir a melhoria da assistência à população e a viabilidade administrativa da unidade.

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