A Polícia Civil de São Paulo concluiu que o assassinato da professora Fernanda Bonin foi encomendado pela ex-companheira, a veterinária Fernanda Fazio, motivada por ciúmes. A vítima foi encontrada morta no fim de abril, com sinais de estrangulamento, nas proximidades do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital.

Segundo as investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Fazio — que é mãe dos dois filhos da professora — teria planejado o crime e contratado duas pessoas para executá-lo. A polícia já pediu à Justiça a prisão da ex-companheira e dos dois suspeitos identificados como executores.

Na última quarta-feira (7), um homem apontado como responsável por abandonar o carro da vítima foi preso. Em depoimento, ele admitiu ter deixado o veículo na região de Interlagos, mas negou envolvimento no assassinato.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o carro da professora, um Hyundai Tucson prata, é abandonado. As filmagens mostram um casal saindo do veículo e caminhando por uma viela. Segundo a investigação, eles seguiram a pé e passaram pela estação Autódromo, sem utilizar o trem.

Fernanda foi vista pela última vez no dia 27 de abril, saindo sozinha de carro do prédio onde morava, na Zona Oeste de São Paulo. Seu corpo foi localizado no dia seguinte, com uma corda no pescoço. A principal hipótese dos peritos é que ela tenha sido morta por asfixia.

Durante as buscas, a polícia encontrou uma faca e um celular dentro do veículo. A faca, que pode ter sido usada no crime, foi encaminhada para perícia. O celular pertenceria ao filho da vítima e estava sem chip, com diversos aplicativos de jogos instalados.

A defesa da veterinária Fernanda Fazio não foi localizada até o momento. Agora, cabe à Justiça decidir se acolhe os pedidos de prisão feitos pela polícia.