Eduarda Silva de Oliveira, presa desde abril por confessar o assassinato da filha recém-nascida, Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias de vida, recebeu nessa segunda-feira (12) a visita de seus advogados no sistema prisional. A bebê foi encontrada morta no dia 15 de abril deste ano. Inicialmente, Eduarda apresentou versões contraditórias sobre o caso, mas depois confessou ter asfixiado a filha com um travesseiro. Ela foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

A defesa da acusada protocolou um pedido para que ela seja submetida a avaliação psiquiátrica por uma profissional particular, indicada pelos próprios advogados. O pedido já está no processo e aguarda decisão da Justiça.

“A gente juntou nos autos um pedido para que ela seja acompanhada por um profissional particular. [Esperamos] o deferimento por parte do magistrado”, afirmou o advogado Josenildo Menezes.

Segundo a defesa, embora Eduarda esteja sendo acompanhada por profissionais de saúde do sistema prisional, é necessária uma segunda opinião médica.

“Isso vai servir não só para a defesa, mas também para o Ministério Público e o magistrado tomarem uma decisão a partir do resultado desses exames, garantindo um julgamento justo”, complementou Menezes.

O advogado José Wellington afirmou que os laudos psiquiátricos oficiais ainda estão sendo elaborados. “Assim que o estado concluir o seu trabalho, vamos analisar os próximos desdobramentos do processo.”

O caso segue sob investigação. A Polícia Civil de Alagoas trabalha com a possibilidade de envolvimento de uma segunda pessoa na ocultação do corpo da bebê, mas, até o momento, ninguém foi identificado.