A possibilidade de o Mercado de Jaraguá passar para a gestão do Governo do Estado movimentou os debates na Câmara Municipal de Maceió nesta quinta-feira (5). A preocupação dos vereadores gira em torno da notificação extrajudicial enviada à Prefeitura de Maceió, solicitando a preparação para desocupação do imóvel. O tema foi levado ao plenário pelo vereador David Empregos, que destacou o temor dos permissionários quanto à possível perda dos seus postos de trabalho e fonte de renda. “O Governo fala em reformar o Mercado para transformá-lo em modelo, mas reformas assim têm fechado espaços e causado prejuízos à população. Isso já aconteceu em outros equipamentos públicos”, afirmou, mencionando o impacto em áreas como a saúde. Ele também reproduziu um áudio de uma permissionária preocupada com o futuro do mercado.

O presidente da Câmara, vereador Chico Filho, classificou a situação como "inquietante" e anunciou que a Casa promoverá uma audiência pública com representantes da Prefeitura de Maceió e do Governo do Estado para discutir o destino do mercado. “O que vai acontecer com o Mercado de Jaraguá? Qual a garantia de que ele não será fechado? A população de Maceió não confia nas intenções do governo estadual”, disse.

O vereador Allan Pierre também comentou o caso e afirmou que a notificação não deixa claro que os trabalhadores serão removidos, mas defendeu o diálogo como forma de evitar prejuízos aos permissionários.

Outros parlamentares, como Thiago Prado, Rui Palmeira, Silvania Barbosa, Milton Ronalsa, Jônatas Omena, Kelmann Vieira e Leonardo Dias, se manifestaram a favor de um debate mais amplo e soluções que resguardem os trabalhadores.

Durante a sessão, Milton Ronalsa entrou em contato com a presidência do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Alagoas (Ideral) em busca de esclarecimentos e articulou uma reunião entre os parlamentares e a autarquia nesta sexta-feira (6), às 15h, no próprio mercado.