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Disse não se lembrar do crime

“Amo a justiça”, diz serial killer acusado de matar mulher trans a tiros em Maceió

Por Redação 06/06/2025 13h01
“Amo a justiça”, diz serial killer acusado de matar mulher trans a tiros em Maceió

Durante o julgamento realizado nesta sexta-feira (6), o serial killer Albino dos Santos Lima, acusado de matar a mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo, de 18 anos, afirmou que é um "amante da justiça" e sempre trabalhou “pela manutenção da ordem”. A declaração, feita no plenário do júri, chocou presentes e autoridades pela frieza com que o réu tratou o assassinato e pelas acusações infundadas contra a vítima.

“Amo a justiça. Sempre trabalhei pela justiça pública e privada”, declarou Albino, que é apontado pela polícia como responsável por 18 homicídios e considerado um dos principais matadores em série do país. Durante o depoimento, Albino tentou manchar a imagem da vítima, alegando — sem apresentar qualquer prova — que Louise teria envolvimento com o tráfico de drogas. “Ela era traficante, aliciava menores para facção e fazia apologia ao crime. Isso todo mundo sabe, só não falam porque são coniventes”, disse o réu, sem apresentar nenhuma evidência.

Inicialmente, o acusado se recusou a reconhecer a identidade de gênero da vítima, utilizando pronomes masculinos. Foi repreendido pelo juiz Yulli Roter Maia, que o interrompeu: “Aqui, por favor, o senhor chama de ‘ela’, tá certo?”.

Ao ser questionado diretamente sobre o assassinato, Albino afirmou não se lembrar do momento em que executou a jovem a tiros, mesmo diante de provas materiais, como o projétil que saiu da arma sob sua posse.

“O fato, eu não me recordo. Meu advogado tem um laudo médico psiquiátrico. Encontraram esse projétil e comprovaram que era da arma que eu usava emprestada. Meu pai não tinha conhecimento disso”, justificou.

A Polícia Civil de Alagoas aponta Albino dos Santos como um dos cinco maiores serial killers do Brasil, acusado de 18 assassinatos, muitos deles cometidos com extrema violência e motivados por ódio e intolerância. O caso de Louise, morta com vários tiros na cabeça enquanto voltava da escola, gerou comoção e indignação, especialmente por envolver crime de transfobia. O julgamento continua, e o réu pode ser condenado novamente por homicídio qualificado. A promotoria sustenta que Albino representa alto risco à sociedade, dada sua frieza, reincidência e desprezo pela vida humana.

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