A pobreza encolheu em ritmo mais acelerado nos últimos anos, especialmente entre 2022 e 2024, segundo um novo estudo que analisou a evolução da renda no país. O levantamento aponta que a queda nas taxas de pobreza foi mais intensa nesse período do que na média registrada entre 2012 e 2024.

A análise utilizou como base o rendimento domiciliar per capita, cruzando os dados com os parâmetros do Banco Mundial para definir quem é considerado pobre ou extremamente pobre. De acordo com esses critérios, estão abaixo da linha da pobreza os brasileiros que vivem com até R$ 696 por mês. Já a extrema pobreza é caracterizada por uma renda mensal inferior a R$ 218 por pessoa.

O Nordeste teve papel de destaque nessa transformação social, puxado sobretudo pelo crescimento da renda dos trabalhadores. Alagoas foi o estado que mais avançou nesse quesito, com um salto de 48,5% na renda per capita entre 2012 e 2024. O Rio Grande do Norte vem logo atrás, com alta de 46,6%. Na ponta oposta, Sergipe apresentou o menor crescimento da região, com 17,8%.

Considerando apenas os anos de 2022 a 2024, a evolução foi ainda mais significativa. Alagoas teve o segundo maior crescimento de renda do Brasil, passando de R$ 1.000 para R$ 1.317 — um avanço de 31,7%. O desempenho ficou atrás apenas de Pernambuco, que registrou aumento de 32,2% no mesmo intervalo.

Diante dos dados, o governador Paulo Dantas afirmou que os resultados refletem o impacto positivo das políticas sociais adotadas no estado. No entanto, ele reconheceu que ainda há desafios. “Temos orgulho de liderar a redução da pobreza no Nordeste, mas sabemos que ainda há muito a ser feito. Vamos ampliar programas de emprego e renda, além de fortalecer o acesso à educação de qualidade, para que o crescimento alcance todos os alagoanos”, declarou.