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Crime brutal

Polícia diz que jovem trans foi assassinada para não revelar relacionamento extraconjugal, em Maceió

Por Redação 17/06/2025 14h02
Polícia diz que jovem trans foi assassinada para não revelar relacionamento extraconjugal, em Maceió

A jovem Marcela Valentina, de apenas 20 anos e mulher trans, foi encontrada morta em uma calçada no bairro Jatiúca, no mês passado. Nesta terça-feira (17), a Polícia Civil revelou detalhes sombrios sobre um relacionamento extraconjugal que levou à morte da jovem.

De acordo com o delegado Eduardo Guerra, responsável pela investigação, o mandante do crime contratou um executor para silenciar Marcela, que ameaçava revelar o caso para a família do homem. Informações preliminares indicam que o mandante e o executor trabalhavam juntos em um canteiro de obras na mesma região onde ocorreu o assassinato.

O plano foi meticulosamente arquitetado. O mandante atraiu Marcela até o local do crime por meio de uma ligação via WhatsApp, alegando que desejava encontrá-la. Assim que ela chegou à obra, foi recebida pelo executor, que a induziu a entrar no local sob falsas promessas. Uma vez dentro, Marcela foi brutalmente atacada com uma marreta de demolição.

"Ela foi surpreendida e recebeu dois ou três golpes na cabeça", detalhou o delegado Guerra. Após o ataque, o executor não teve coragem de desferir o golpe fatal e decidiu cobrir o corpo da jovem com uma lona antes de transportá-lo em um carrinho até a Escola Estadual Rosalvo Lobo, onde o corpo foi abandonado.

O crime foi orçado em R$ 10 mil, sendo R$ 5 mil pagos antecipadamente ao executor. A polícia conseguiu desvendar os detalhes do plano criminoso após ouvir testemunhas e utilizar informações do Núcleo de Inteligência da corporação. O mandante e o executor interromperam contato após a divulgação de imagens das câmeras de segurança que mostravam o transporte do corpo.

Marcela Valentina era natural do Tocantins e residia em Caruaru, Pernambuco. Sua morte não apenas expõe as violências enfrentadas pela comunidade LGBTQIA+, mas também destaca a necessidade urgente de discutir questões relacionadas à proteção e direitos humanos.


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