O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira (18) que uma ofensiva militar americana contra o país resultaria em "consequências sérias e irreparáveis". A declaração surge em meio à crescente escalada verbal com os Estados Unidos, após novas ameaças do presidente Donald Trump.

Trump, que deixou uma reunião do G7 antecipadamente para retornar a Washington, elevou o tom contra o Irã nas redes sociais. Em uma de suas postagens, ele afirmou já ter "o controle do céu do Irã", sugerindo envolvimento militar direto. A declaração foi interpretada como uma possível referência à cooperação com aliados regionais, sem nomear diretamente nenhum país.

O republicao está considerando um ataque direto em território iraniano, o que, segundo analistas, pode gerar consequências globais. Em contrapartida, o Irã ameaçou atingir bases americanas no Oriente Médio em caso de agressão.

Em suas falas, Khamenei ressaltou: "Aqueles que conhecem a história do Irã sabem que os iranianos não respondem bem à linguagem da ameaça".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, afirmou que qualquer intervenção direta dos EUA no cenário atual pode desencadear uma "guerra total" no Oriente Médio. Ele classificou uma ação militar americana como "extremamente irresponsável", embora tenha sinalizado que o Irã permanece aberto a soluções diplomáticas.

Os EUA têm adotado uma postura defensiva até então, como a interceptação de mísseis lançados em direção a seus aliados. No entanto, o país já mobiliza mais aeronaves de combate para a região e estuda prolongar a permanência de tropas e equipamentos, conforme relataram autoridades americanas à agência Reuters.

Além disso, Donald Trump, declarou publicamente que sabe a localização exata de Khamenei, e que não ordenou sua eliminação "por enquanto", mas advertiu que a paciência estadunidense está chegando ao fim.