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Polícia Ambiental intensifica combate à pesca predatória nas lagoas de Alagoas
A paisagem exuberante de Alagoas, marcada por lagoas, rios e manguezais, esconde uma realidade preocupante: a crescente pressão da pesca predatória sobre espécies nativas. Na linha de frente desse enfrentamento está o Pelotão Aquático do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), que atua em patrulhamento ostensivo nas lagoas Mundaú e Manguaba e rios do interior do estado.
Com duas lanchas e dois jet skis, o grupamento sediado entre Maceió e Marechal Deodoro intensificou as ações nos primeiros meses de 2025. De janeiro a maio, foram realizadas 29 operações que resultaram no resgate de 51 animais capturados ilegalmente.
A maior parte das irregularidades envolve o uso de redes de pesca com malha inferior ao permitido, o que compromete a reprodução de espécies, incluindo filhotes. Outro instrumento recorrente é o “candango” — armadilha que, ao ser posicionada em forma de funil, captura indiscriminadamente qualquer animal aquático.
“Esse tipo de equipamento impede qualquer filtragem, o que é extremamente prejudicial à biodiversidade”, explica o sargento Franklin Araújo, há 18 anos no pelotão. Segundo ele, a pesca predatória é um crime ambiental cuja pena pode chegar a cinco anos de reclusão, além de multas de até R$ 100 mil, dependendo da gravidade da infração.
Entre as espécies mais afetadas está o caranguejo, especialmente o uçá e o guaiamum. Só em 2023 e 2024, mais de 1.080 indivíduos foram apreendidos — a maioria durante o período de defeso, quando a captura é proibida para garantir a reprodução. Apesar da portaria federal nº 395/2016 proibir a pesca do caranguejo-uçá entre dezembro e março, em fases de lua cheia e nova, quase 400 quilos foram recolhidos nesse intervalo.
Além das lagoas e canais, os manguezais são alvos frequentes de infrações. Foram 40 flagrantes em dois anos. “Em muitos casos, conseguimos apreender os materiais, mas os infratores fogem. Por isso, é importante que a população denuncie, com informações detalhadas como cor da embarcação e tipo de armadilha usada”, reforça o sargento Franklin.
A estratégia do BPA considera variáveis como maré, comportamento dos pescadores e até ações de vigilância dos próprios infratores, que contam com olheiros para evitar o flagrante. Ainda assim, com base em patrulhamentos planejados e cooperação com outros órgãos ambientais, o pelotão vem conseguindo reduzir danos ao ecossistema lagunar. Denúncias podem ser feitas pelos telefones 190 (em caso de flagrante), 181 (de forma anônima) ou pelo WhatsApp (82) 98833-5879.
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