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Crime bárbaro

Adolescente que matou família no RJ planejava forjar documento para viajar e receber FGTS do pai

Vítimas foram mortas com disparos de arma de fogo enquanto dormiam

Por Redação com assessoria 27/06/2025 11h11
Adolescente que matou família no RJ planejava forjar documento para viajar e receber FGTS do pai
Segundo a polícia, o pai do jovem possuía cerca de R$ 33 mil no fundo - Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga novas informações sobre o caso do adolescente de 14 anos que assassinou os pais e o irmão caçula, de três anos, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. De acordo com a 143ª Delegacia de Polícia (Itaperuna), o menor teria planejado forjar uma autorização de viagem interestadual para visitar uma garota com quem mantinha um relacionamento virtual. A jovem, de 15 anos, mora no estado do Mato Grosso.

O crime, que chocou o estado, ocorreu no último sábado (21), mas só foi descoberto na quarta-feira (25), após o adolescente confessar os assassinatos. As vítimas foram mortas com disparos de arma de fogo enquanto dormiam. Em seguida, os corpos foram escondidos na cisterna da residência da família.

Além do plano de viagem, as investigações revelaram que o adolescente pesquisou na internet como sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de pessoas falecidas. Segundo a polícia, o pai do jovem possuía cerca de R$ 33 mil no fundo. A suspeita é de que o montante seria utilizado para custear a viagem até o Mato Grosso.

A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação: a primeira, motivada pela oposição dos pais ao relacionamento virtual; e a segunda, relacionada à possibilidade de motivação financeira. O menor foi encaminhado à delegacia na companhia da avó, que havia ido registrar o desaparecimento da família.

Durante as buscas na residência, peritos localizaram manchas de sangue, roupas queimadas e, posteriormente, os corpos no interior da cisterna. O menor foi apreendido e deve responder por ato infracional análogo a homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A namorada virtual do adolescente foi identificada e levada à Delegacia de Água Boa (MT). A polícia apura se houve participação dela, ainda que de forma remota, no incentivo à prática do crime. Caso comprovada a indução ou instigação ao ato infracional, a adolescente também poderá responder judicialmente.

As investigações continuam em andamento e são conduzidas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Polícia Civil de Mato Grosso. O caso segue sob sigilo judicial.

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