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Anuário Estatístico da Polícia Militar

Número 190 recebe mais de 150 mil chamados em Alagoas; denúncias ajudam a salvar vidas

Por Redação 27/06/2025 14h02
Número 190 recebe mais de 150 mil chamados em Alagoas; denúncias ajudam a salvar vidas

O número 190, principal canal de emergência da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), atendeu mais de 150 mil chamados entre janeiro e dezembro de 2024. O dado faz parte do Anuário Estatístico da corporação, que mostra a importância da linha direta com a população: em média, foram mais de 311 atendimentos por dia no estado.

Em um dos casos mais graves do ano, uma jovem babá de 18 anos foi resgatada após denunciar, por telefone, um estupro cometido pelo próprio patrão, de 63 anos, no bairro Cruz das Almas, em Maceió. A ligação ocorreu por volta das 22h do dia 19 de fevereiro. Os policiais do 13º BPM encontraram a vítima gritando por socorro dentro da casa. O suspeito foi preso em flagrante e, no local, a polícia apreendeu um revólver, munições, seringas e encontrou também os três filhos pequenos do autor do crime.

Ao todo, dos 150.447 chamados feitos ao 190 em 2024, 113.800 resultaram em atendimentos efetivos com o envio de guarnições. A diferença entre os números ocorre porque nem toda ligação se converte em uma ocorrência confirmada. O levantamento foi produzido pela 2ª Seção do Estado Maior-Geral, com dados cruzados de sistemas como o CAD (Central de Atendimento e Despacho) e o aplicativo Quimera.

Os registros foram divididos por regiões, conforme os comandos operacionais da PM: Região Metropolitana, Agreste, Sertão, Sul e Norte/Zona da Mata. Em 2023, o total de chamados havia sido ainda maior: 167.862, com 123.590 atendimentos confirmados.

Como funciona o atendimento - 
O atendimento pelo 190 começa com uma ligação gratuita e anônima. Na capital e regiões metropolitanas, o primeiro contato é feito por agentes civis vinculados ao Programa Ronda no Bairro, da Seprev. No interior, o atendimento costuma ser feito diretamente por policiais militares.

As chamadas são recebidas pelo Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), responsável por registrar e despachar ocorrências em tempo real. Os operadores avaliam o grau de urgência e repassam as informações às viaturas mais próximas. Após o atendimento, as guarnições fazem um relatório via aplicativo Quimera, fechando o ciclo da ocorrência.

A sargento Elisabete Fernandes, que atua no Copom de Arapiraca há quase uma década, destaca a importância da triagem cuidadosa feita pelos atendentes. “Quem liga está muitas vezes em pânico. Nosso papel é acalmar e coletar o máximo de informações para garantir que a equipe chegue preparada ao local”, explica.

O tenente-coronel Glemerson Jatobá, responsável pelo Copom da Região Metropolitana, define o centro como o "cérebro da operação policial". “É aqui que as ocorrências são coordenadas, as equipes são monitoradas e as ações são integradas com outros órgãos de segurança”, afirma.

Origem do número 190 - 
Poucos sabem, mas o número 190 passou a ser adotado no Brasil em 1980, por recomendação da ONU, que orientou os países a criarem números gratuitos para emergências. A definição local veio de uma parceria entre a Polícia Militar e a antiga Telesp. O “1” foi mantido por já ser usado em outros serviços (como o 102 e 130), o “9” foi escolhido para evitar confusões, e o “0” porque era o primeiro de uma nova série de números públicos. Em outros países, o número de emergência varia: nos Estados Unidos é o 911; na União Europeia, o 112.

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