Os Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira (1º), a suspensão no fornecimento de determinados armamentos à Ucrânia, citando preocupações com o esgotamento dos seus próprios estoques de munição. A medida ocorre em um momento em que os ataques russos contra a Ucrânia se intensificam.

Anna Kelly, porta-voz adjunta da Casa Branca, afirmou que a decisão foi tomada para "colocar os interesses dos Estados Unidos em primeiro lugar", confirmando reportagens da imprensa americana, sem detalhar quais armas serão afetadas.

De acordo com o site Politico e outras fontes, a suspensão envolve sistemas de defesa aérea MIM-104 Patriot, artilharia de precisão e mísseis antitanque AGM-114 Hellfire. O Pentágono demonstrou preocupação com a manutenção de seus estoques militares, fundamentais para garantir respostas em diferentes frentes globais.

Essa decisão surge após duas rodadas infrutíferas de negociações em Istambul entre representantes da Rússia e Ucrânia, e em meio a um aumento significativo dos ataques aéreos russos. Dados militares ucranianos indicam que, só em junho, foram lançados 5.438 drones de ataque de longo alcance contra seu território, um crescimento de 36,8% em relação a maio, o maior número desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.

O aumento dos ataques tem sobrecarregado as defesas antiaéreas ucranianas e causado grande desgaste à população civil, que já enfrenta mais de dois anos e meio de guerra.

Desde o início do conflito, os Estados Unidos são um dos maiores fornecedores de ajuda militar à Ucrânia, tendo destinado mais de US$ 60 bilhões sob o governo Biden, além da continuidade parcial iniciada na gestão Trump.