João Vítor dos Santos Rodrigues foi condenado a 22 anos e 6 meses de prisão por matar o companheiro Rubens Augusto dos Santos e roubar seus pertences. A sentença foi proferida na terça-feira (2) pelo juiz Carlos Henrique Pita Duarte, da 3ª Vara Criminal da Capital, em Maceió. O crime ocorreu no fim de maio deste ano e, segundo a investigação, foi premeditado. João Vítor teria se aproveitado da relação íntima com a vítima para atrair Rubens até sua própria casa, onde cometeu o assassinato com golpes de um instrumento contundente.

Na decisão, o juiz destacou a frieza e crueldade do réu, que teria fingido interesse em um encontro sexual com a vítima. “É alta a reprovabilidade da conduta, sendo praticado o crime de modo voluntário, consciente e livre, portanto, com dolo, sendo reprovável sua conduta e extremamente nefasta ao meio social”, afirmou o magistrado.

Imagens de câmeras de segurança e depoimentos confirmaram que o réu e a vítima passaram o dia juntos, foram à praia, a um restaurante e depois seguiram para a residência de Rubens. Após o crime, João Vítor retornou ao local e levou diversos pertences da vítima, incluindo celulares, caixas de som e cartões bancários.

A investigação apontou que ele usou os cartões para fazer compras, pagar por uma tatuagem e realizar um tratamento dentário. Rubens Augusto era instrutor de dança e recreador, e havia comemorado o aniversário poucos dias antes de ser morto. Amigos e familiares relataram o desaparecimento após o último encontro com o acusado.

João Vítor cumprirá a pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade, devido à gravidade do crime e ao risco de fuga. Ele também foi condenado a pagar 40 dias-multa, com os valores revertidos ao Fundo Penitenciário.