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Ataque cibernético

Funcionário de empresa de tecnologia é preso por envolvimento em ataque hacker contra sistema bancário via PIX

crime afetou ao menos seis bancos e desviou milhões de reais

Por Redação com G1 04/07/2025 09h09
Funcionário de empresa de tecnologia é preso por envolvimento em ataque hacker contra sistema bancário via PIX
Banco Central - Foto: Marcelo Cortes/Agência Brasil

Um funcionário de uma empresa de tecnologia foi preso na quinta-feira (3), em São Paulo, suspeito de facilitar um dos maiores ataques cibernéticos já registrados no país. O crime afetou ao menos seis bancos e desviou milhões de reais por meio do sistema PIX.

Segundo a Polícia Civil, João Nazareno Roque trabalhava na empresa C&M, prestadora de serviços da instituição financeira BMP, e teria fornecido sua senha de acesso ao sistema bancário para criminosos que realizaram o ataque. Ele foi preso no bairro City Jaraguá, na Zona Norte da capital.

O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Informalmente, o suspeito teria admitido ter compartilhado suas credenciais com os hackers e os auxiliado a acessar o sistema da BMP, por onde foram feitas as transferências fraudulentas.

O ataque causou grande repercussão no mercado financeiro na quarta-feira (2) e é considerado um dos mais graves da história recente, tanto pelo volume financeiro quanto pelo alcance do golpe. Uma conta usada para receber parte do dinheiro desviado, cerca de R$ 270 milhões, já foi bloqueada. Fontes da TV Globo estimam que o total desviado pode ultrapassar os R$ 800 milhões, embora o Banco Central ainda não tenha divulgado oficialmente os valores nem os nomes das instituições afetadas.

A empresa C&M, responsável por relatar o ataque às autoridades, afirmou que criminosos utilizaram credenciais de clientes para tentar acessar seus sistemas de forma indevida, o que permitiu o vazamento de informações e o uso de contas de reserva de vários bancos.

Até o momento, a C&M não se pronunciou oficialmente sobre a prisão do funcionário. A defesa de João Roque também não foi localizada pela reportagem. A investigação segue em andamento e apura o envolvimento de outros possíveis participantes do esquema.

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