Um homem de 50 anos morreu no norte de Nova Gales do Sul, na Austrália, após contrair o raro lyssavirus australiano, uma variação do vírus da raiva transmitida por morcegos. Esta é a quarta morte registrada no país desde que o vírus foi identificado, em 1996.

A vítima havia sido mordida por um morcego há alguns meses e chegou a receber atendimento médico na ocasião. No entanto, seu quadro de saúde se agravou recentemente e ele não resistiu à infecção. Segundo as autoridades de saúde, o caso reforça o alerta sobre os riscos do contato com esses animais.

O lyssavirus pertence ao mesmo grupo da raiva, mas é ainda mais raro. Ele foi identificado pela primeira vez em um morcego frugívoro na própria região onde ocorreu a nova morte. A transmissão acontece quando a saliva do animal entra no organismo humano por mordidas ou arranhões.

Desde a descoberta do vírus, apenas três casos haviam sido confirmados em humanos antes deste: um tratador de animais em 1996, uma pessoa em 1998 e uma criança em 2012. Todos os casos, incluindo o atual, foram fatais. "Uma vez que os sintomas começam, infelizmente não há tratamento eficaz", disse Keira Glasgow, diretora de proteção à saúde do NSW Health.

De acordo com o governo local, 118 pessoas foram avaliadas por contato com morcegos apenas em 2024. Apesar disso, este foi o primeiro caso confirmado do vírus no estado de Nova Gales do Sul neste ano. Autoridades reforçam que qualquer morcego pode ser portador do vírus, mesmo que pareça saudável.

Devido ao risco, especialistas recomendam que apenas profissionais vacinados e devidamente protegidos manuseiem morcegos, especialmente se estiverem feridos ou caídos. A orientação é evitar qualquer tipo de contato direto com os animais e procurar imediatamente assistência médica em caso de mordida ou arranhão.