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Células criminosas

Corregedoria identifica esquema criminoso envolvendo policiais civis presos em unidade especial de São Paulo

Investigação ganhou força após a apreensão de celulares, drogas, dinheiro e até anabolizantes dentro da unidade prisional

Por Redação com Metrópoles 05/07/2025 12h12
Corregedoria identifica esquema criminoso envolvendo policiais civis presos em unidade especial de São Paulo
Acusados - Foto: Reprodução/PF

Um levantamento interno da Corregedoria da Polícia Civil revelou a existência de três "células criminosas" formadas por policiais civis detidos no Presídio Especial da Polícia Civil, na zona norte da capital paulista. A investigação ganhou força após a apreensão de celulares, drogas, dinheiro e até anabolizantes dentro da unidade prisional.

A chegada de dez novos detentos entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025 teria desestabilizado a rotina do presídio, de acordo com denúncias reveladas pelo portal Metrópoles. O grupo, segundo os investigadores, passou a coordenar ações criminosas mesmo sob custódia.

Entre os principais nomes apontados estão os policiais civis Valmir Pinheiro, conhecido como Bolsonaro, e Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo. Presos em setembro do ano passado, os dois são suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles teriam recebido propinas para arquivar investigações ligadas ao tráfico de drogas. Conforme o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o valor pago por membros da facção teria chegado a R$ 800 mil, repassados por advogados do grupo entre 2020 e junho de 2021.

As acusações contra a dupla incluem crimes contra a administração pública, usura, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As investigações também apontam que informações privilegiadas, como a localização de "casas cofre" do PCC teriam sido repassadas por um delator da facção, Vinícius Gritzbach, executado com dez tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2023.

Outro núcleo investigado dentro da mesma unidade prisional é composto pelo delegado Fábio Baena Martin, o investigador-chefe Eduardo Lopes Monteiro e os investigadores Rogério de Almeida Felício (Rogerinho), Marcelo Marques de Souza (Bombom) e Marcelo Roberto Ruggieri (Xará). Este grupo é apontado como suspeito de envolvimento direto no assassinato de Gritzbach, o delator do PCC.

Os desdobramentos do caso estão sendo acompanhados de perto pela Corregedoria e pelo MPSP, e novos indiciamentos podem ocorrer conforme o avanço das investigações.

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