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Elon Musk anuncia criação do “Partido da América” e promete romper com bipartidarismo nos EUA
Anúncio, feito em sua rede social X, ocorre em meio a uma escalada de tensões entre Musk e o presidente Donald Trump
Em pleno 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos, o bilionário Elon Musk lançou oficialmente o “Partido da América”, iniciativa política que busca romper com o domínio histórico de democratas e republicanos no país. O anúncio, feito em sua rede social X, ocorre em meio a uma escalada de tensões entre Musk e o presidente Donald Trump, antigo aliado do empresário.
A ruptura ganhou força após a aprovação de um megapacote fiscal no Congresso, duramente criticado por Musk, que aponta risco de aumento de US$ 3,3 trilhões na dívida pública até 2034. Em publicação na plataforma, ele afirmou: “Quando se trata de levar nosso país à falência com desperdício e corrupção, vivemos em um sistema de partido único, não em uma democracia”, acrescentando que o novo partido pretende dar voz aos “80% do centro” político dos EUA.
Tensão com Trump
A relação entre Musk e Trump se deteriorou rapidamente. O presidente chegou a sugerir publicamente a deportação do empresário, natural da África do Sul, e ameaçou cortar subsídios federais para empresas como Tesla e SpaceX. Musk, que havia investido mais de US$ 250 milhões na campanha de Trump, rompeu com o presidente após discordar da condução do pacote fiscal, que prevê cortes em energia limpa e programas sociais, como o Medicaid, ao mesmo tempo em que amplia gastos com defesa e medidas anti-imigração.
Antes do anúncio oficial, Musk promoveu uma enquete no X, que mobilizou mais de 5 milhões de usuários. O resultado foi expressivo: 80% se declararam favoráveis à criação de uma nova força política, fortalecendo a narrativa de Musk de que existe uma ampla maioria moderada sem representação efetiva no sistema atual.
Desafios legais e políticos
Apesar do impacto inicial, analistas destacam os obstáculos estruturais à formação de um terceiro partido nos Estados Unidos. A lei McCain-Feingold de 2022 impõe restrições severas ao financiamento de campanhas, limitando doações individuais a cerca de US$ 450 mil. Além disso, legislações estaduais complexas e o tradicional receio de eleitores e políticos em apoiar candidaturas fora dos grandes partidos dificultam ainda mais a empreitada.
O envolvimento direto na política também tem afetado os negócios de Musk. A Tesla, por exemplo, registrou uma queda de 71% nos lucros em 2025, em parte devido a boicotes e protestos motivados pelas posições políticas de seu fundador. Mesmo assim, Musk mantém o discurso firme e deve mobilizar aliados no Congresso. Estimativas iniciais indicam que o “Partido da América” poderia atrair até 10 deputados em votações polarizadas.
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