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Mais de 20 brasileiros seguem desaparecidos na guerra da Ucrânia

Número representa um crescimento preocupante no envolvimento direto de estrangeiros no conflito que já dura mais de três anos

Por Redação com Metrópoles 06/07/2025 14h02
Mais de 20 brasileiros seguem desaparecidos na guerra da Ucrânia
Guerra na Ucrânia - Foto: GEORGE IVANCHENKO/EPA-EFE/REX/Shutterstock

Mais de 20 brasileiros que se alistaram para lutar ao lado das tropas ucranianas contra a Rússia estão atualmente desaparecidos. A informação foi confirmada por fontes diplomáticas ucranianas ao portal Metrópoles. O número representa um crescimento preocupante no envolvimento direto de estrangeiros no conflito que já dura mais de três anos.

Na linguagem diplomática, combatentes com status de desaparecidos são geralmente tratados como mortos em ação, ainda que os corpos não tenham sido localizados. Desde o início da guerra, em 2022, o governo brasileiro já confirmou a morte de nove cidadãos brasileiros na região. Outros 14 seguem desaparecidos, segundo dados anteriores obtidos junto ao Itamaraty.

Questionado pela reportagem, o Ministério das Relações Exteriores ainda não se pronunciou oficialmente sobre o novo número de desaparecidos. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.

Brasileiros nas trincheiras

O conflito atraiu brasileiros desde os primeiros meses de guerra, motivados por razões ideológicas ou financeiras. Atendendo a um apelo direto do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, muitos se alistaram na Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, uma força formada por voluntários estrangeiros. A proposta incluía salários entre US$ 550 e US$ 4.800 por mês, além de moradia e alimentação fornecidas.

Embora em menor número, também houve relatos de brasileiros lutando ao lado das tropas russas, o que acirrou ainda mais o clima de perseguição a estrangeiros envolvidos nos combates. Ambos os lados passaram a divulgar listas e campanhas que miram os chamados "mercenários", inclusive os do Brasil.

Na Ucrânia, o projeto Quero Viver, ligado ao Ministério da Defesa, publicou recentemente uma lista com 38 nomes de brasileiros que teriam se alistado para combater pelo lado russo. A campanha busca incentivar a rendição voluntária de estrangeiros considerados combatentes ilegais.

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