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Ao retornar dos EUA

Marcos do Val é levado pela PF para colocar tornozeleira eletrônica após descumprir ordem do STF

Por Redação com agências 04/08/2025 15h03
Marcos do Val é levado pela PF para colocar tornozeleira eletrônica após descumprir ordem do STF

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi conduzido nesta segunda-feira (4) pela Polícia Federal (PF) para a instalação de uma tornozeleira eletrônica, em cumprimento a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi adotada após o parlamentar retornar de uma viagem aos Estados Unidos, contrariando ordens judiciais.

A PF aguardava Do Val no aeroporto de Brasília, após sua chegada da Flórida. Além da tornozeleira, Moraes determinou a apreensão do passaporte diplomático do senador, que deveria ter sido entregue anteriormente como parte das medidas cautelares impostas no âmbito de investigações contra ele.

De acordo com a decisão, Do Val está proibido de sair de casa à noite, nos fins de semana, feriados e dias de folga. Também segue impedido de usar redes sociais e, desde o fim de julho, teve contas bancárias bloqueadas por ordem do ministro.

Moraes justificou as novas medidas dizendo que o senador “burlou” as determinações da Justiça. Em julho, Do Val teve um pedido para viajar ao exterior negado pelo STF, mas mesmo assim deixou o país. O ministro apontou “afronta” à autoridade judicial e ameaçou decretar a prisão do parlamentar em caso de novo descumprimento.

"A conduta do investigado demonstra uma absoluta afronta à determinação do Poder Judiciário", escreveu Moraes na decisão.

Do Val é investigado por suposta participação em ataques nas redes sociais contra delegados da Polícia Federal envolvidos em investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele também é suspeito de envolvimento em um plano para tentar anular o resultado das eleições de 2022.

Em nota, o senador afirmou que “repudia a narrativa de que teria havido descumprimento de medida cautelar” e que “em nenhum momento esteve proibido de se ausentar do país, tampouco houve risco de fuga”. O gabinete do parlamentar também ressaltou que ele “não é réu nem foi condenado” e que as medidas judiciais comprometem o exercício do mandato.

A defesa disse que acompanha o caso e adotará medidas legais para “garantir os direitos constitucionais do senador”.

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