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Na ONU, quase 180 países tentam acordo histórico para reduzir poluição plástica global
Tratado debatido em Genebra busca enfrentar crise que custa US$ 1,5 trilhão por ano e ameaça saúde humana, biodiversidade e populações vulneráveis
Delegações de quase 180 nações estão reunidas em Genebra, na Suíça, para tentar finalizar, em apenas 10 dias, a primeira convenção global com força de lei para conter a crescente poluição causada pelos plásticos, um problema ambiental de escala planetária que impacta ecossistemas, compromete a saúde pública e impõe um custo anual bilionário à economia mundial.
A conferência, sediada na Organização das Nações Unidas (ONU), começou nesta terça-feira (5) e marca a quinta rodada de negociações do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC-5.2). O objetivo é avançar na redação de um tratado juridicamente vinculante que obrigue os países a adotar medidas concretas para reduzir a produção e o consumo de plásticos.
O presidente das negociações, o equatoriano Luis Vayas Valdivieso, alertou para a gravidade da situação. “Estamos diante de uma emergência real. A poluição por plásticos degrada os ecossistemas, contamina rios e oceanos, ameaça a biodiversidade e prejudica, principalmente, os mais vulneráveis”, afirmou.
Apesar dos avanços, Valdivieso admitiu que alcançar um consenso não será tarefa simples. A tentativa anterior, realizada em dezembro na Coreia do Sul, foi bloqueada por países exportadores de petróleo, que têm interesse direto na produção de plásticos derivados. Por isso, a rodada atual foi convocada com urgência.
Inger Andersen, diretora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), responsável pela organização da conferência, se mostrou cautelosamente otimista. “A maioria das delegações quer avançar. Não será fácil, mas há um caminho para o tratado”, disse. Ela destacou que lições importantes foram aprendidas desde a última rodada e reforçou que a sociedade civil terá participação nos grupos de trabalho que discutem os temas mais sensíveis, como a lista de substâncias a serem banidas e limites à produção.
Enquanto os diplomatas negociam, pressões externas aumentam. Organizações científicas e ambientais destacaram em um novo relatório, publicado pela revista The Lancet, que a poluição plástica representa um risco grave, crescente e ainda subestimado para a saúde humana, especialmente entre crianças e populações marginalizadas. O custo global da crise é estimado em pelo menos US$ 1,5 trilhão por ano.
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