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"Deixem Bolsonaro falar!”

EUA condenam prisão domiciliar de Bolsonaro e acusam ministro do STF de silenciar oposição

Por Redação com agências 05/08/2025 16h04
EUA condenam prisão domiciliar de Bolsonaro e acusam ministro do STF de silenciar oposição

O Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, ligado ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, criticou com veemência a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de colocar Jair Bolsonaro em prisão domiciliar nesta segunda-feira (4). A manifestação foi publicada na rede social X, em versões em português e inglês, e posteriormente republicada pela Embaixada dos EUA no Brasil.

Na publicação, os Estados Unidos classificam Moraes como um “violador de direitos humanos já sancionado pelos EUA” e afirmam que ele “continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”. O texto também afirma: “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!” 

O órgão ainda estipulou que responsabilizará todos que colaborarem com condutas sancionadas, numa clara menção a autoridades que apoiem a medida de prisão domiciliar 

A decisão de Moraes decorre de supostas violações das medidas cautelares que restringiam Bolsonaro do uso de redes sociais e comunicação pública. O ministro acusou o ex-presidente de utilizar perfis de aliados — inclusive de seus filhos — para disseminar discursos de confrontação ao Supremo e de apoio a intervenção externa no Judiciário brasileiro.

A pressão dos EUA sobre Moraes já vem de antes: no final de julho, ele foi alvo de sanções previstas pela Lei Magnitsky, que resultou em bloqueio de bens, proibição de entrada no país e restrições a transações comerciais com empresas e cidadãos americanos.

A prisão domiciliar, imposta após Bolsonaro ter infringido proibições como uso indireto de redes sociais e falas em manifestações, incluiu medidas como o uso de tornozeleira eletrônica, apreensão de celulares e proibição de receber visitantes não autorizados.

A situação intensificou uma crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O governo americano, liderado por Donald Trump, também anunciou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros e qualificou o processo contra Bolsonaro como uma "caça às bruxas" política.

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