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Especialista alerta para os riscos da miocardite e reforça cuidados após infecções virais
Infecções virais, uso de certos medicamentos, doenças autoimunes e até toxinas ambientais podem causar miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco que pode evoluir para quadros graves, como insuficiência cardíaca ou morte súbita. O alerta é do cardiologista Felipe Fraga, do Hospital do Coração Alagoano, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
De acordo com o especialista, a miocardite pode surgir após infecções virais comuns, como gripe ou Covid-19, e seus sintomas nem sempre são evidentes. Enquanto alguns pacientes apresentam apenas fadiga leve, outros podem sentir dores no peito, falta de ar, palpitações ou, nos casos mais graves, arritmias e desmaios.
“A miocardite interfere no funcionamento do músculo cardíaco, prejudicando a capacidade de bombear o sangue adequadamente. Embora possa atingir qualquer pessoa, jovens e atletas merecem atenção especial”, explica Felipe Fraga.
Em atletas, a inflamação pode se manifestar de forma súbita, principalmente se houver esforço físico durante o quadro inflamatório, o que aumenta o risco de eventos fatais. O cardiologista destaca que as infecções virais são a causa mais comum da miocardite, especialmente em crianças, adolescentes e jovens. “O vírus pode atacar diretamente o miocárdio e a resposta do sistema imunológico pode agravar a inflamação”, explica.
Na maioria dos casos, o quadro evolui de forma benigna, especialmente quando os sintomas são leves e não há alteração na função do coração. Entretanto, uma pequena parte dos pacientes pode desenvolver dilatação cardíaca e insuficiência cardíaca. Por isso, o diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são fundamentais para evitar complicações mais graves.
O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais e de imagem, como eletrocardiograma, ecocardiograma e, em alguns casos, ressonância magnética cardíaca. O tratamento varia conforme a gravidade, podendo envolver desde repouso e acompanhamento até internação, uso de medicamentos específicos e dispositivos de suporte cardíaco.
O especialista alerta para sinais de alerta, como sintomas incomuns após uma infecção viral, dores no peito ou alterações no ritmo cardíaco, que devem ser investigados. “A prevenção está ligada ao cuidado geral com a saúde: manter as vacinas em dia, tratar infecções adequadamente, evitar automedicação e buscar atendimento médico diante de sintomas persistentes”, conclui.
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