O corpo do sambista Arlindo Cruz foi sepultado na tarde deste domingo (10), após um velório de 16 horas na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira. O cortejo seguiu em caminhão do Corpo de Bombeiros em direção ao Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, onde o sepultamento ocorreu por volta das 13h10
O velório, aberto ao público a partir das 18h de sábado (9), foi conduzido no tradicional formato gurufim: uma celebração festiva com batuques de atabaques, cânticos de candomblé e muita música ao ritmo do samba.

A família fez um pedido especial aos presentes: vestirem roupas claras, gesto simbólico que representava luz, alegria e energia, em homenagem à trajetória do artista. A bandeira do Flamengo, clube do coração de Arlindo, foi colocada sobre o caixão em uma das homenagens mais emblemáticas.

Famosos do samba e da cultura carioca marcaram presença. Nomes como Xande de Pilares, Diogo Nogueira, Regina Casé, Mumuzinho, Hélio de la Peña e Zeca Pagodinho se emocionaram ao prestar suas últimas reverências. Arlindinho, filho do sambista, emocionou ao tocar cavaquinho e entoar clássicos como “O Show Tem Que Continuar” ao lado de Maria Rita.Sobre o adeus, Arlindinho afirmou:

“É a despedida do jeito que ele pediu. Quadra cheia, cerveja liberada pro povo, churrasco... Por mais difícil que fosse fazer isso tudo, não podia não fazer o que ele pediu”