Nos últimos quatro anos, Maceió viu sua malha cicloviária se expandir significativamente. De 30 quilômetros em 2021, a rede de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas chegou a 96 quilômetros em 2025 — mais que o triplo da extensão anterior e o dobro do planejamento inicial. A expansão tem transformado a mobilidade urbana da capital alagoana, conectando bairros, desafogando o trânsito e incentivando o uso da bicicleta como meio de transporte.

A estratégia da prefeitura tem sido integrar os principais corredores urbanos da cidade, promovendo o deslocamento seguro, sustentável e acessível. Segundo o Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT), mais de 300 mil maceioenses utilizam a bicicleta para se locomover diariamente — seja a trabalho, estudo ou lazer.

Na prática, essa mudança já impacta positivamente a vida de muitos moradores. O estudante universitário Luiz Eduardo Torres, morador da Ponta Verde, adotou a bicicleta como parte da rotina. “Pedalar na orla é um alívio: o vento do mar, a segurança do espaço demarcado e a ausência de carros transformaram meu jeito de aproveitar a cidade. Antes, eu ficava parado no trânsito ou dependente de ônibus; hoje, sigo tranquilo pela ciclovia e chego onde preciso sem estresse”, conta.

A ciclovia da orla, com 4,5 quilômetros à beira-mar, é um dos trechos mais utilizados da capital. Além dela, outras obras incluem ciclovias de concreto e madeira na Avenida Fernandes Lima, ciclofaixas na Rota do Mar, e intervenções em avenidas como Durval de Góes Monteiro e Menino Marcelo.

O planejamento não para por aí. A gestão municipal segue mapeando novos trechos e busca interligar os já existentes, com o objetivo de criar uma rede cicloviária contínua, abrangente e segura em todas as regiões da cidade.

A expectativa é de que, nos próximos anos, a bicicleta se consolide de vez como um pilar central da mobilidade urbana em Maceió — com benefícios que vão do meio ambiente à saúde pública.