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Família luta há cinco anos para confirmar troca de corpos durante pandemia em hospital de Maceió
Cinco anos após a morte de Juarez Queiroz de Lima, de 64 anos, a família ainda trava uma batalha na Justiça para confirmar se o corpo sepultado em um cemitério de Maceió é, de fato, o dele. A suspeita é de que tenha havido uma troca de cadáveres no Hospital Sanatório, durante o auge da pandemia da Covid-19, em maio de 2020.
Juarez faleceu em decorrência de insuficiência renal agravada pela infecção do novo coronavírus. No mesmo dia, outra paciente, Benedita Francisca Cândido dos Santos, de 78 anos, também morreu na mesma unidade hospitalar. Segundo os filhos de Juarez, os corpos teriam sido trocados no processo de liberação feito de forma emergencial e desorganizada, reflexo das restrições e do caos provocados pela pandemia.
A família conta que foi chamada ao hospital para providenciar os trâmites legais, mas, ao chegar ao necrotério, não encontrou nenhum funcionário responsável pelo despacho dos corpos. As funerárias pegavam os cadáveres identificados apenas por etiquetas, já que, por protocolos sanitários da época, os sacos mortuários não podiam ser abertos. Ao chegar à funerária, o filho de Juarez, Janderson Lima, percebeu que o corpo entregue não correspondia ao do pai.
"Foi a primeira negligência. O hospital não tinha ninguém para liberar o corpo, e quem fazia isso era a própria funerária. Quando vimos o corpo, notamos que não era o dele. Ainda no hospital, avisamos. A gerente-geral foi chamada, mesmo estando de folga, e confirmou a suspeita: o corpo do meu pai havia sido levado por engano, no lugar da senhorinha", relata Janderson.
Desde então, a família tenta provar o erro na Justiça. Eles pedem a exumação do corpo que acreditam ser de Juarez, sepultado em um túmulo pertencente a desconhecidos no cemitério do bairro Benedito Bentes, para a realização de exame de DNA. O objetivo é dar um sepultamento digno ao pai, conforme sua vontade: ser enterrado junto aos pais.
"Cinco anos se passaram e a gente ainda vive esse pesadelo. Nunca pudemos nos despedir. Sabemos onde ele supostamente está, mas nunca tivemos acesso direto ao local ou qualquer confirmação oficial. Só queremos justiça e o direito de dar a ele o respeito que merece", desabafa Janderson.
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