A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que investiga fraudes envolvendo descontos ilícitos nos benefícios de aposentados e pensionistas, aprovou, na segunda-feira (01), o pedido de prisão preventiva de 21 investigados. A iniciativa, apresentada pelo relator deputados Alfredo Gaspar (União‑AL), será encaminhada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que decidirá sobre a adoção das prisões.

Fundamentação do pedido

O relator Alfredo Gaspar argumentou que há indícios suficientes de autoria e materialidade criminal, com base em um inquérito-mãe da Polícia Federal constituído por mais de 3 mil páginas. Ele ressaltou ainda o risco de fuga dos investigados, além de ameaças a testemunhas e a gravidade das fraudes, que envolveram empréstimos consignados, como fatores que justificam as prisões preventivas.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos‑MG), também destacou que, apesar dos muitos dados em mãos, nenhum dos envolvidos estava preso até o momento, o que configuraria uma grave inadequação diante da impunidade.

Quem está na lista dos 21 investigados

A lista inclui figuras centrais no esquema, como o lobista conhecido como “Careca do INSS”, além de ex-presidentes do INSS, ex-diretores e operadores do sistema de descontos ilegais. Confira os nomes completos:

André Paulo Félix Fidelis

Eric Douglas Martins Fidelis

Cecília Rodrigues Mota

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho

Thaisa Hoffmann Jonasson

Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira

Alexandre Guimarães

Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”)

Rubens Oliveira Costa

Romeu Carvalho Antunes

Domingos Sávio de Castro

Milton Salvador de Almeida Júnior

Adelinon Rodrigues Júnior

Alessandro Antônio Stefanutto (ex-presidente do INSS)

Geovani Batista Spiecker

Reinaldo Carlos Barroso de Almeida

Vanderlei Barbosa dos Santos

Jucimar Fonseca da Silva

Philipe Roters Coutinho

Maurício Camisotti

Márcio Alaor de Araújo