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Posto de combustível em São Paulo é ligado a esquema de adulteração operado pelo PCC
Segundo a ANP, a gasolina pode conter até 0,5% de metanol, mas em postos ligados ao esquema, a substância representava até 50% da composição
O Auto Posto Bixiga Ltda., localizado na região central da capital paulista, foi identificado pela Justiça como um dos destinos de carregamentos de metanol desviados por uma organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), usados na adulteração de combustíveis.
Segundo as investigações da Operação Carbono Oculto, deflagrada na última quinta-feira (28), o grupo movimentou mais de 10 milhões de litros de metanol, substância altamente tóxica, que era desviada antes de chegar ao destino legal, empresas químicas no Mato Grosso, e descarregada em postos da Grande São Paulo, como o Auto Posto Bixiga.
O metanol, importado pelo porto de Paranaguá (PR), era transportado com notas fiscais fraudulentas, que mascaravam a carga como etanol ou gasolina. Em vez de seguir para indústrias de biodiesel, os caminhões alteravam o trajeto e abasteciam postos ligados à quadrilha.
O posto no bairro da Bela Vista, na esquina da Rua Manoel Dutra com a Rua João Passalacqua, foi alvo de ao menos 30 autuações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2022 e 2024, e interditado quatro vezes por comercializar combustíveis fora das especificações, sendo três vezes em 2022 e uma em 2024. Laudos indicaram alta concentração de metanol no etanol vendido no local.
Segundo a ANP, a gasolina pode conter até 0,5% de metanol, mas em postos ligados ao esquema, a substância representava até 50% da composição. O uso do metanol pode danificar motores e representa risco à saúde dos consumidores.
O proprietário do Auto Posto Bixiga, Celso Abugao Silveira, aparece como responsável pela empresa em registros oficiais, mas não foi citado formalmente nos processos judiciais divulgados até o momento.
Relatos de consumidores confirmam os danos. O motorista Vinícius Pimenta afirmou ter enfrentado problemas graves em seu veículo após abastecer no local em 2022. “O carro simplesmente parou de funcionar. O mecânico diagnosticou combustível adulterado”, disse.
O mecânico responsável, John Lenon Garcia, afirmou que o combustível corroeu componentes do sistema de injeção eletrônica. “Combustível de má qualidade é um dos maiores causadores de prejuízo aos motoristas”, explicou.
A ANP informou que o posto foi desinterditado após "cessar as causas da interdição", mas reforçou que processos administrativos seguem em andamento. Em caso de irregularidades, as multas podem chegar a R$ 5 milhões.
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