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Sobrevivente do “Serial Killer de Maceió” emociona júri ao mostrar sequelas da tentativa de homicídio

Por Redação com Gazetaweb 04/09/2025 12h12
Sobrevivente do “Serial Killer de Maceió” emociona júri ao mostrar sequelas da tentativa de homicídio

Em um momento de forte comoção no Tribunal do Júri, o barbeiro Alan Vitor dos Santos Soares, único sobrevivente de uma tentativa de homicídio atribuída a Albino Santos de Lima, conhecido como o “Serial Killer de Maceió”, levantou a camisa diante dos jurados nesta quinta-feira (04) para mostrar as sequelas que carrega desde o atentado que sofreu em junho de 2024.

Diante do réu e do júri, Alan exibiu a bolsa de colostomia, cicatriz de um tiro na cabeça e outras duas marcas nas costas causadas pelos disparos. O gesto surpreendeu o plenário e deu tom dramático ao julgamento de um dos casos mais brutais registrados na capital alagoana nos últimos anos.

O crime aconteceu em 12 de junho de 2024, no bairro Vergel do Lago. De acordo com a investigação, Alan foi perseguido por Albino e atingido por quatro tiros, um na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha. Após o atentado, o barbeiro passou mais de dois meses internado, sendo 30 dias em coma. Apesar de ter sobrevivido, as sequelas são permanentes.

Em depoimento anterior à imprensa, Alan revelou o medo de conviver com a bolsa de colostomia pelo resto da vida. “Tenho medo de ficar com isso para sempre. Isso é ruim demais. Eu, um cara jovem, antes disso acontecer comigo, não sentia dor, não tomava nem Dorflex”, desabafou em entrevista à Gazeta de Alagoas.

Na ocasião, ele já demonstrava a intenção de confrontar o acusado no julgamento. “Quero ver ele olhar para a minha cara. Porque de todos que ele matou, ele verá que eu fiquei vivo”, afirmou.

Alan contou ainda que nunca havia visto Albino antes do ataque, mas conhecia nove das dez vítimas assassinadas na parte baixa de Maceió. O caso ganhou repercussão nacional após as investigações revelarem um padrão serial nos crimes cometidos entre 2019 e 2024.

Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, Albino é acusado de 18 homicídios e seis tentativas de assassinato. Os crimes ocorreram principalmente em bairros da parte baixa e alta da capital, e, de acordo com as autoridades, todos já foram confessados pelo réu.

O julgamento deve seguir com depoimentos de testemunhas e apresentação das provas nos próximos dias. A expectativa é que o caso tenha grande repercussão jurídica e midiática, por se tratar de um dos mais graves episódios de violência urbana registrados em Alagoas.

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