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Intercâmbio na Inglaterra transforma jovens alagoanos e amplia perspectivas de futuro
Um mês depois de partirem de Maceió, 100 estudantes alagoanos retornaram ao estado neste sábado, 6 de setembro, trazendo na bagagem muito mais que lembranças. Eles participaram do programa Daqui Pra o Mundo e viveram a experiência de um intercâmbio em cinco cidades da Inglaterra. Vinte deles ficaram em Oxford, entre eles os cinco entrevistados desta reportagem.
Para Anna Buarque, 16 anos, aluna do Colégio Tiradentes da Polícia Militar, a viagem foi uma virada de chave. “Parecia distante, inacreditável. Hoje vejo como abriu portas e mudou a forma como enxergo meu futuro”, contou. Já Laíssa Lima, 17, da Escola Estadual Professor Theotonio Vilela Brandão, definiu a experiência como um mergulho em outra cultura e em si mesma. “Aqui no exterior meus olhos se abriram em relação a tudo, sobre como viver e sobre o que quero seguir na vida”, disse.
A sensação de que a realidade superou o sonho foi comum entre os estudantes. Laura Rodrigues, 17, da Escola Estadual Professora Izaura Antônia de Lisboa, de Arapiraca, lembra que a ficha só caiu durante a imigração. “O agente fazia perguntas e eu conseguia responder. Foi quando percebi que estava preparada”, relatou.
As descobertas não ficaram restritas à sala de aula. Os jovens viveram momentos de imersão cultural, de karaokê cantando a música de Shrek com colegas brasileiros até brincadeiras de pega-pega em inglês com as crianças da família anfitriã. Anna recorda ainda a familiaridade com a culinária africana de sua host family. “Era parecida com a do Brasil, o que ajudou na adaptação. Eles eram calorosos, como o nosso jeito”.
O intercâmbio também trouxe impactos diretos no futuro acadêmico e profissional. Nicolas Gabriel, 17, da Escola Estadual Benedita de Castro Lima, acredita que a vivência será um diferencial para quem deseja atuar na área de tecnologia. Laura Rodrigues, que sonha com as ciências, afirma que a experiência reforçou sua determinação. Para Pérola Santana, 17, da Escola Estadual Professora Edleuza de Oliveira Silva, em São Miguel dos Campos, a mudança foi ainda mais profunda. “Antes eu pensava só em arrumar um trabalho. Agora vejo um futuro muito mais amplo”, refletiu.
Além do currículo, os estudantes destacam o crescimento pessoal. Anna, tímida por natureza, diz ter descoberto uma nova versão de si mesma. “Cheguei aqui me abrindo para falar inglês. Eu amo treinar, melhorar, conversar”. Situações cotidianas, como a correção de pronúncia feita por um motorista de ônibus, mostraram que o aprendizado se deu também nos detalhes.
De volta a Alagoas, os jovens deixam um conselho a quem sonha em trilhar o mesmo caminho. “Não desistam, mesmo achando que não sabem nada de inglês. É a partir do zero que você sobe”, afirma Anna. Pérola, que quase desistiu após não ser selecionada na primeira edição do programa, reforça: “Acredite em si e estude bastante”. Nicolas recomenda práticas simples, como ouvir músicas e assistir filmes em inglês, enquanto Laíssa aconselha viver cada instante: “Meta a cara, faça cada minuto do intercâmbio valer a pena”.
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