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Ossada humana é encontrada na praia de São Miguel dos Milagres e levanta suspeitas sobre desaparecimentos na região

Partes do corpo foram achadas por moradores; Polícia Científica realiza perícia e investiga possível ligação com jovens desaparecidos na Costa dos Corais

Por Redação 10/09/2025 11h11
Ossada humana é encontrada na praia de São Miguel dos Milagres e levanta suspeitas sobre desaparecimentos na região

Uma ossada humana foi encontrada por moradores na manhã da última terça-feira (9), na areia da praia de Porto da Rua, em São Miguel dos Milagres, no Litoral Norte de Alagoas. O caso tem gerado preocupação na região, que já registra o desaparecimento de quatro jovens na área da Costa dos Corais.

Segundo relatos, os moradores avistaram uma jaqueta parcialmente enterrada e, ao se aproximarem, encontraram ossos humanos. A cabeça da vítima não foi localizada. Também foram encontradas próximas ao local uma bermuda jeans e uma cueca vermelha, recolhidas pela perícia para auxiliar nas investigações.

A análise inicial foi conduzida pelo perito Everton Pinheiro, do Instituto de Criminalística de Maceió, que confirmou que o estado dos restos mortais impossibilita, por ora, a identificação da causa da morte. Apenas parte da arcada dentária foi preservada, o que ainda permite a possibilidade de identificação odontológica ou por DNA.

A ossada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, onde passará por exames de antropologia forense. O médico-legista Luiz Mansur informou que será feito um estudo para definir o perfil biológico da vítima.

Caso não haja documentação odontológica da possível vítima, será realizada a extração de material genético de fragmentos ósseos. A perita criminal Bárbara Fonseca confirmou que o DNA será comparado com o de familiares de quatro jovens desaparecidos na região. Se não houver compatibilidade, os dados serão inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

A Polícia Científica reforça que, caso alguém reconheça as vestimentas ou tenha um familiar desaparecido e ainda não registrado, deve procurar a delegacia mais próxima para formalizar o boletim de ocorrência. Em seguida, um familiar de primeiro grau poderá comparecer ao IML para fornecer material genético, possibilitando o cruzamento de DNA.

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