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Fuga desesperada

Piloto joga avião com 380 kg de skunk em represa no AM para fugir da FAB

Aeronave vinda da Venezuela foi interceptada por caças da Força Aérea após entrar ilegalmente no espaço aéreo brasileiro; traficante fugiu

Por Redação com agências 11/09/2025 10h10
Piloto joga avião com 380 kg de skunk em represa no AM para fugir da FAB

Um piloto de avião jogou a própria aeronave em uma represa na tentativa de escapar da Força Aérea Brasileira (FAB), na manhã desta quarta-feira (10), em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas. O avião transportava cerca de 380 kg de skunk, uma variedade mais potente e cara da cannabis. O suspeito, que não teve a identidade divulgada, conseguiu fugir.

Segundo a Aeronáutica, o bimotor Beechcraft Baron 58, prefixo PR-DCS, entrou ilegalmente no espaço aéreo brasileiro vindo da Venezuela. A aeronave foi detectada pelos radares por volta das 9h, e caças A-29 Super Tucano da FAB foram acionados para interceptação.

Após ignorar ordens de pouso, o piloto desceu a baixa altitude, próximo à copa das árvores, e lançou o avião na represa de Balbina, onde a aeronave afundou parcialmente. A ação foi coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) com apoio da Polícia Federal.

Equipes da PF, transportadas em um helicóptero Bell 412 da FAB, chegaram ao local e apreenderam a carga de droga, que estava no interior da aeronave. Não houve confronto com o piloto, que conseguiu escapar antes da chegada dos agentes.

A ação integra a Operação Ágata Ostium, que faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), voltado ao combate ao tráfico de drogas e crimes transnacionais.

A FAB informou que todos os protocolos de policiamento do espaço aéreo foram seguidos, conforme o decreto presidencial nº 5.144/2004. A norma autoriza o uso progressivo da força em interceptações, incluindo disparos de advertência e, em último caso, o abate da aeronave considerada hostil.

Essa não é a primeira ocorrência do tipo: em maio, outra aeronave carregada com cerca de 200 kg de skunk foi interceptada no Pará. Na ocasião, os ocupantes incendiaram o avião após um pouso forçado e também conseguiram fugir.

Dados da Aeronáutica mostram que, entre janeiro de 2019 e julho de 2024, mais de 4 mil aeronaves foram interceptadas por voarem irregularmente no espaço aéreo brasileiro, muitas delas a serviço do tráfico de drogas ou em regiões de acesso restrito, como a Terra Indígena Yanomami.

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