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China transforma recife disputado em reserva natural e aumenta tensão com Filipinas
Anúncio oi recebido com indignação pelas Filipinas, que consideram a medida uma violação direta de sua soberania
A mais nova reserva ambiental da China não está em um parque florestal ou em alguma cadeia de montanhas, mas sim em pleno Mar do Sul da China, sobre uma formação rochosa cercada por águas disputadas e vigilância militar. O local, conhecido internacionalmente como Scarborough Shoal e chamado de Ilha Huangyan pelos chineses, virou palco de mais uma disputa diplomática entre Pequim e Manila.
Na semana passada, o governo chinês oficializou a criação de uma reserva natural nacional com mais de 3.500 hectares, alegando intenção de proteger os recifes de corais da região. O anúncio, no entanto, foi recebido com indignação pelas Filipinas, que consideram a medida uma violação direta de sua soberania.
Localizado a cerca de 200 km da costa filipina, o Scarborough Shoal está dentro da zona econômica exclusiva das Filipinas, mas a China mantém presença constante no local desde 2012, quando assumiu o controle do atol após um impasse naval.
Segundo a Administração Nacional de Florestas e Pastagens da China, a criação da reserva visa garantir a estabilidade e a diversidade do ecossistema. Porém, o governo chinês também deixou claro que intensificará o monitoramento contra “atividades ilegais” na área, o que pode representar mais restrições aos pescadores filipinos, já frequentemente impedidos de acessar as águas onde tradicionalmente trabalham.
Disputa além do meio ambiente
A criação da reserva ambiental é mais do que uma ação ecológica. O Mar do Sul da China é uma rota estratégica que movimenta mais de 60% do comércio marítimo mundial, além de abrigar vastos recursos pesqueiros e energéticos. A China reivindica quase toda a área, mesmo contrariando a decisão de um tribunal internacional em 2016, que declarou tais reivindicações sem base legal.
As Filipinas classificaram a criação da reserva como “ilegal e ilegítima” e prometeram apresentar um protesto diplomático. Em resposta, a China rejeitou as críticas, acusando Manila de “provocação”.
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