Alagoas se firmou como um dos estados mais avançados do Brasil em termos de sustentabilidade e transição energética, atingindo a marca de mais de 80% de sua matriz energética composta por fontes renováveis. Este índice é o dobro da média nacional, que se aproxima de 40%, conforme dados de 2024 apresentados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), na 17ª edição do Balanço Energético de Alagoas (Beal 2025).

A produção de energia no estado é liderada pelo setor sucroenergético, que representa 50,5% da geração de eletricidade, seguido pelas hidrelétricas com 30% e o gás natural, com 15%. Este modelo diversificado, que privilegia fontes limpas e renováveis, coloca Alagoas em sintonia com as tendências globais e com as exigências de um futuro sustentável.

De acordo com o superintendente de Políticas Energéticas da Sedics, Bruno Macedo, o estado tem experimentado um crescimento consistente nos últimos dez anos, principalmente na geração de energia a partir do bagaço de cana e da energia hidráulica. Isso reflete o comprometimento de Alagoas em ampliar o uso de fontes renováveis, além de fortalecer sua posição como protagonista no cenário energético nacional.

Esse desempenho positivo também foi reconhecido pelo Balanço Energético Nacional (BEN), que destacou Alagoas como o 4º maior gerador de eletricidade da biomassa da cana no Brasil. Essa conquista reforça o papel estratégico do setor sucroenergético, que, além de impulsionar o desenvolvimento econômico, também contribui significativamente para a geração de energia limpa e sustentável.

O Beal, segundo Bruno Macedo, se consolidou como uma ferramenta importante de planejamento energético, que alia aspectos técnicos ao desenvolvimento econômico. Ele destacou ainda a relevância do documento para fortalecer Alagoas no processo de construção de um futuro energético mais alinhado às necessidades locais e às tendências globais.

Além dos avanços no setor energético, Alagoas segue investindo em projetos estratégicos para garantir um futuro mais sustentável. Recentemente, o estado firmou um acordo bilateral com os governos de Lula e Emmanuel Macron, que prevê R$ 1 bilhão em investimentos para a estocagem de gás natural no município de Pilar. A iniciativa é uma parceria com empresas internacionais como a francesa TAG e a Origem.

Outro marco significativo será a instalação de uma unidade de Gás Natural Comprimido (GNC) em Batalha, no Sertão, com previsão de início das operações em 2026. O projeto, conduzido pela Algás, visa promover o uso de gás mais barato e competitivo, além de atrair novas indústrias para a região da Bacia Leiteira. A iniciativa também contribuirá para a substituição de fontes poluentes por energia limpa.

A secretária Alice Beltrão destacou a importância desses avanços e ressaltou o protagonismo de Alagoas na agenda ambiental. "Esse resultado não é apenas um dado técnico, é a prova de que o estado está no caminho certo ao apostar em uma matriz energética limpa, inovadora e alinhada ao desenvolvimento sustentável. Nosso compromisso é seguir transformando esse potencial em mais oportunidades para a população e em referência para o Brasil", afirmou.

O Balanço Energético de Alagoas (Beal) é publicado anualmente pela Sedics e está disponível para consulta pública no site da secretaria, fornecendo informações detalhadas sobre o panorama energético do estado. Para mais informações, acesse o site da Sedics.