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Exonerações

Após derrota da “MP da taxação”, governo Lula promove série de demissões e amplia tensão com o Centrão

Exonerações atingem superintendentes federais e indicados de partidos aliados; União Brasil e PP rompem oficialmente com o Planalto

Por Redação com agências 13/10/2025 09h09
Após derrota da “MP da taxação”, governo Lula promove série de demissões e amplia tensão com o Centrão
Presidente Lula (PT) - Foto: Evaristo SA / AFP

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma rodada de demissões após a perda de validade da medida provisória que buscava recuperar parte da arrecadação obtida com programas sociais, a chamada MP da taxação. A proposta, retirada de pauta com apoio de PL, PP e União Brasil, frustrou a expectativa de gerar cerca de R$ 17 bilhões aos cofres públicos.

As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União e atingiram superintendentes do Ministério da Agricultura nos estados do Maranhão, Paraná, Minas Gerais e Pará, além da superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Roraima.

Na Caixa Econômica Federal, dois assessores ligados a indicações do PL e PP também foram dispensados. A decisão foi comunicada em nota oficial em inglês, divulgada aos investidores na última sexta-feira (10), e assinada por Luiz Felipe Figueiredo de Andrade, diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores.

Fontes do governo indicam que novas demissões devem ser anunciadas na segunda-feira (13), ampliando a crise com o Centrão. Entre as medidas avaliadas como retaliação, está o possível corte de R$ 10 bilhões em emendas parlamentares, o que intensificou o clima de confronto político.

O presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), reagiu afirmando que “quem é contra as emendas é contra a população”.

O atrito ocorre no momento em que União Brasil e PP oficializam o rompimento com o governo e passam à oposição. Segundo orientação interna, os indicados das legendas que ainda ocupam cargos deveriam deixar seus postos, mas dois ministros resistem à ordem: André Fufuca (Esportes, PP) e Celso Sabino (Transportes, União Brasil).

Ambos foram afastados das funções partidárias. No caso de Sabino, o processo pode resultar até em expulsão da sigla.

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