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“Japinha”, figura do Comando Vermelho, morre em megaoperação que deixou 64 mortos no Rio

Penélope, conhecida como “Japinha”, era uma das mulheres de confiança do tráfico e foi morta durante a maior ação policial já realizada no estado

Por Redação com agências 29/10/2025 11h11
“Japinha”, figura do Comando Vermelho, morre em megaoperação que deixou 64 mortos no Rio

Uma das figuras mais conhecidas do Comando Vermelho (CV), identificada como Penélope, apelidada de “Japinha”, foi morta durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28).

Apontada como mulher de confiança de lideranças locais do tráfico, “Japinha” atuava na linha de frente da facção, sendo responsável por proteger rotas de fuga e pontos estratégicos de venda de drogas. Segundo informações apuradas, ela foi atingida por um disparo de fuzil após reagir à abordagem policial. O tiro teria causado ferimentos graves na cabeça, impedindo qualquer tentativa de socorro.

No momento do confronto, a criminosa usava roupa camuflada, colete tático e equipamentos típicos de combate, o que reforça o seu envolvimento direto nas ações armadas do grupo. O corpo foi localizado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de intenso tiroteio.

A morte de Penélope ocorreu durante a maior operação policial já registrada no estado, que terminou com 64 mortos, incluindo quatro policiais, além de 81 presos.

De acordo com o governo do Rio, 2,5 mil agentes participaram da ação conjunta entre Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais, com o objetivo de desarticular a base logística do Comando Vermelho e frear a expansão territorial da facção.

Moradores relataram uma madrugada de terror, marcada por tiros, explosões e helicópteros sobrevoando as comunidades. Blindados abriram caminho entre becos e vielas nas regiões da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro, onde a resistência dos criminosos foi mais intensa.

Mesmo com o cerco, parte dos traficantes conseguiu escapar. Policiais encontraram túneis e passagens camufladas entre muros e residências, usados como rotas de fuga, estratégia semelhante à vista na invasão do Alemão em 2010.

O caso de “Japinha do CV” também chama atenção por evidenciar o crescimento da participação feminina em cargos de comando e combate dentro das facções, funções antes quase exclusivas dos homens.

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