Turismo
ABAV/AL defende subsídio e readequação tarifária
Empresas aéreas querem tirar todo o prejuízo que tiveram durante a pandemia repassando todos os custos para os consumidores
Você já programou a próxima viagem de férias, feriadão, natal, réveillon ou para uma viagem de negócios para os próximos meses? Não? Então se prepare para pagar um valor nas alturas das passagens de avião, ou buscar outra alternativa. As redes sociais foram invadidas por postagens de jornalistas de turismo, influenciadores e até mesmo por sites especializados, relatando os altos preços das passagens em trechos considerados de curta duração, por exemplo, apesar do intenso movimento entre capitais, do Sul/Sudeste ou mesmo do Nordeste.
Por exemplo, foi feita uma cotação em muitos buscadores no trecho de Florianópolis/São Paulo/Florianópolis, e a passagem girou em torno de R$ 2.660,00 a R$ 5,500,00. Já no trecho Natal/Maceió/Natal, com parada em Recife, com partida para 26 de outubro e retorno para 29 de outubro, pela empresa Azul, o preço ficou em R$ 5.167,00.
Prejuízo
Ao que tudo indica, as empresas aéreas querem tirar todo o prejuízo que tiveram durante a pandemia repassando todos os custos para os consumidores, além do pagamento com o despacho das bagagens.
Pela tabela acima, voando com a TAP, empresa portuguesa, continua sendo mais fácil, rápido e conveniente viajar para o exterior. E para tentar compensar a queda de arrecadação por falta de passageiros, as aéreas a cada dia lançam novos destinos/trechos e cancelam trechos tradicionais, a exemplo do que fez a Azul cancelando Florianópolis/Porto Alegre/Florianópolis.
Para o presidente da ABAV Alagoas e diretor da Rentex Locatur, Samuel Silva, o Brasil e mesmo Alagoas, vivem agora, um momento importante para a retomada geral da economia, e o turismo é parte significativa no processo, por ser a atividade que melhor promove a distribuição de renda.
Para ele, no entanto, no Brasil há carência de meios de transporte rápido e eficiente, sendo reféns de um serviço aéreo caro.
“Tudo isso compromete nosso desenvolvimento e restabelecimento operacional. Entendemos os motivos das companhias aéreas tais como taxas, tributos, preços dos insumos e outros. Mas para viabilidade dessa retomada, se faz necessário um replanejamento tarifário e talvez, até mesmo, em último caso um subsídio. Enquanto não há uma readequação tarifária a patamares ‘racionais’, o turismo tem se refeito através do transporte rodoviário, que também tem seus ‘limites’, porém tem se demonstrado uma boa alternativa”, concluiu o presidente da ABAV.
*Por Claudio Bulgarelli com Tribuna Independente
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