Alagoas

EM RECUPERAÇÃO

Alvo de suposta tentativa de latrocínio diz que não deixará de ser motorista por aplicativo

Alayne Oliveira chegou ao HGE com risco de morte

Por Redação 28/06/2022 16h04 - Atualizado em 28/06/2022 17h05
Alvo de suposta tentativa de latrocínio diz que não deixará de ser motorista por aplicativo

“Não quero deixar de trabalhar como motorista por aplicativo”, disse Alayne Oliveira, profissional que sofreu uma suposta tentativa de latrocínio no último dia 20. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL).

Encontrada inconsciente em um trecho da rodovia AL 105, que liga Maceió a São Luís do Quitunde, depois de ser localizada, pelo GPS, por outros motoristas por aplicativo, ela chegou ao Hospital Geral do Estado (HGE) com uma lesão grave no crânio causado por disparo de arma de fogo.

Alayne passou por cirurgia e permaneceu internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de onde recebeu alta médica nesta terça-feira (28), sendo encaminhada para a Enfermaria.

No hospital, a motorista relatou que foi alvo de criminosos que teriam anunciado um assalto e, após tentarem matá-la, abandonaram-na em uma estrada de barro. Ela contou ter iniciado uma corrida por meio de um aplicativo de transporte, quando os envolvidos no crime a renderam durante o trajeto. Após receber os disparos, ela lembra que fingiu estar morta para tentar escapar da emboscada.

“Amanheci o dia literalmente lutando contra a morte, tentando estancar o sangue que escorria de minha cabeça. Só no outro dia fui encontrada pelos policiais e amigos, que me conduziram até a UPA [Unidade de Pronto Atendimento]. A partir daí não lembro de mais nada. Quando acordei já estava no HGE, um tanto confusa, achando que ainda estava na UPA”, recordou.

Assistência no HGE – Os ferimentos de Alayne foram muito graves. Ela chegou ao HGE às 8h53 do último dia 20 de junho, recebeu o atendimento multidisciplinar na Área Vermelha Trauma, foi submetida à tomografia computadorizada e levada ao Centro Cirúrgico, onde se submeteu a uma craniectomia descompressiva com debridamento em tecidos desvitalizados e drenagem de hematoma cerebral, com remoção de fragmentos do projétil.

Apesar do susto, Alayne diz que não pensa em deixar de trabalhar como motorista. “Há dez anos trabalhei como garçonete e supervisora em restaurantes, até decidir pedir demissão para trabalhar desse jeito, fazendo os meus próprios horários e metas. Gosto de rodar, atender os clientes; talvez inspirada no meu pai e irmãos, motoristas de ônibus, e no meu namorado, que também dirige veículo de aplicativo. É assim que corremos atrás do melhor para a nossa família e vamos vencendo na vida”, disse ela.

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