Na última segunda-feira (08), um mutirão viabilizou mudança de nome e gênero nos documentos de mais de 60 pessoas trans. A iniciativa foi promovida pela UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, em parceira com o Centro de Acolhimento LGBTQUIA+ Ezequias Rocha Rego (CAERR), por meio do programa Justiça Itinerante, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). As audiências foram realizadas pelos juízes André Gêda e Carlos Bruno de Oliveira, na Instituição de Ensino Superior.

O CAERR foi responsável por selecionar os atendidos pela atividade e encaminhar para a UNINASSAU. Os estudantes do curso de Direito, por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), com supervisão de advogados orientadores, realizaram a coleta de documentos e elaboração das petições iniciais dos casos, que serviram para dar entrada nos processos judiciais.

O coordenador do curso de Direito da UNINASSAU Maceió, Vitor Montenegro, ressaltou a importância do projeto. "Por meio dessa iniciativa, vemos a dignidade da pessoa humana sendo exercida na prática. Para os alunos, é uma experiência muito importante, pois eles podem vivenciar a função social do Direito e constatar que não é algo que está apenas na teoria e nos livros", afirmou.

Anthonny Rodrigues é um homem trans de 21 anos. Mudar o nome em seus documentos era um sonho. "É uma conquista muito grande. Estou muito feliz com essa troca. Com certeza, é algo que vai mudar a minha vida e a de muitas pessoas. Fico agradecido pela facilidade e por ter sido bem recebido. Estou realizando meu sonho de vida. Agora, espero ser respeitado. Sou homem e sou Anthonny", disse.