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SAÚDE

Alagoas é um dos estados com aumento de casos de H1N1 em adultos, indica Fiocruz

Além disso, o boletim também indica a manutenção da queda de casos positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) na mesma faixa etária

Por Redação 02/06/2023 08h08
Alagoas é um dos estados com aumento de casos de H1N1 em adultos, indica Fiocruz

Divulgado pela Fiocruz nessa quinta-feira (1º), o Boletim InfoGripe aponta para um aumento do número de casos em adultos associados ao vírus influenza A, sendo majoritariamente por H1N1. Alagoas é um dos estados com aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Além disso, o boletim também indica a manutenção da queda de casos positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) na mesma faixa etária. Já nas crianças, principalmente na faixa até os dois anos, segue desde o mês de abril a manutenção do crescimento significativo de novos casos semanais e de internações por Vírus Sincicial Respiratório (VSR).


Referente à Semana Epidemiológica (SE) 20, de 14 a 20 de maio, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de maio.

Coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes destaca que, na população a partir de 15 anos, a manutenção de um cenário que já vinha se desenhando durante o mês de abril, consolidando-se em maio. Gomes observa que nas últimas quatro semanas (23 de abril a 20 de maio), cerca de 31% dos casos positivos de SRAG em pessoas a partir de 15 anos estavam associados ao vírus influenza A, sendo o vírus H1N1 a maioria dos subtipados. No mês de março, cerca de 9% foram influenza A, subindo para 22% em abril. Enquanto isso, o vírus da Covid-19 saiu de um patamar de 80% dos casos positivos em março para um percentual de 53% nas últimas quatro semanas nesse mesmo público.

Estados

O destaque de aumento de casos de SRAG no cenário nacional está no Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Em relação ao VSR, principal vírus identificado nas crianças e responsável pelo cenário atual nesse público, há sinal de crescimento no Acre, Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe, fundamentalmente concentrado nessa faixa etária.

Em Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, pode-se observar um possível sinal de crescimento de SRAG em algumas parcelas da população adulta. Na Paraíba, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, o aumento de SRAG recente foi observado em todas as faixas etárias, sendo mais expressivo no estado gaúcho.

Capitais

Entre as capitais, 14 apresentam sinal de crescimento de SRAG: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e Teresina (PI).

“Enquanto em algumas dessas capitais o sinal é compatível com oscilação em período de baixa atividade, em outras se observa manutenção de crescimento expressivo de SRAG apenas entre as crianças. No entanto, também é possível identificar crescimento no número de capitais com aumento também na população adulta, decorrente de aumento recente nos casos associados aos vírus influenza A e B”, destaca Marcelo.

No cenário epidemiológico geral do país, há sinal moderado de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). Das 27 unidades federativas do Brasil, 19 apresentam tendência de crescimento.

Resultados positivos de vírus respiratórios e óbitos

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de: influenza A (17,8%); influenza B (6,9%); VSR (45,7%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (23,5%).

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (20,9%); influenza B (12,3%); VSR (10,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (51,7%).

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