Alagoas

Saúde

Secretaria de Estado da Saúde assegura atendimento e acolhimento para idosos vítimas violência em Alagoas

Entre janeiro e abril deste ano, 40 idosos foram atendidos pela RAV após sofrerem violência, sendo 33 deles do sexo masculino.

Por Redação com Assessoria 25/06/2024 16h04
Secretaria de Estado da Saúde assegura atendimento e acolhimento para idosos vítimas violência em Alagoas
Conforme os dados do MS, Alagoas registrou 1.147 notificações de violência contra a pessoa idosa entre os anos de 2019 a 2023. - Foto: Carla Cleto - Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da Rede de Atenção às Violências (RAV), tem oferecido atendimento adequado e especializado, além de acolhimento, aos idosos que são vítimas de violência em Alagoas. Diante da campanha Junho Violeta, mês de conscientização contra a violência à pessoa idosa, a pasta reforça a necessidade de se proteger esse grupo da população.

Entre janeiro e abril de 2024, 40 idosos foram atendidos pela RAV após sofrerem violência. Desse total, 33 foram mulheres e sete homens. A violência psicológica e moral foi a com maior índice de casos (16), seguida da física (10) e da sexual (8). Outros tipos de violência somaram seis registros no período em questão.

Já durante todo o ano de 2023, 80 idosos foram acolhidos, sendo 72 mulheres e oito homens. A violência psicológica e moral também foi a modalidade com maior quantidade de registros, com 41 casos. As agressões físicas somaram 18 ocorrências e foram 12 atendimentos de vítimas de violência sexual. Outros tipos de violência somaram nove registros nos 12 meses do ano passado.

A gerente operacional da RAV, enfermeira Thaylise Brito, destacou que a rede estabelece uma linha de cuidado para as camadas mais vulneráveis da sociedade.

“Os idosos vítimas de violência podem contar com o Governo de Alagoas, que está preparado para oferecer todo acolhimento necessário. Além disso, também atuamos em conjunto com outras pastas do Estado para prevenir esse tipo de violência”, explicou.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, pontuou que a pasta está empenhada em cuidar dos idosos que sofrem violência. “Sabemos a importância de acolher bem e tratar de forma eficiente os idosos que são vítimas de violência, e a RAV desempenha esse papel, com um atendimento humanizado e especializado, que faz toda diferença. Nosso governador Paulo Dantas sempre reforça para cuidarmos dos alagoanos com o coração e trabalhamos diariamente para isso”, afirmou o titular da Sesau.


Perfil das vítimas


Em 75% dos casos de violência contra idosos em Alagoas, no período de 2019 e 2023, as vítimas eram negras, conforme apontam os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS). Segundo os dados do MS, em números absolutos Alagoas registrou 1.147 notificações de violência contra a pessoa idosa entre os anos de 2019 a 2023. Apenas no ano passado, foram contabilizados 292 casos, enquanto 267 foram computados em 2022. Ainda nesse período analisado, 52% dos registros de violência contra idosos no Estado foram do sexo masculino e 48% do feminino.

A faixa etária de 60 a 69 anos foi a mais notificada, com 61%. A violência física foi o tipo com maior incidência (54%), seguido da autoprovocada (19%) e psicológica/moral (13%). O panorama da violência contra a pessoa idosa aponta que, em 83% dos casos, a residência da vítima foi o local onde o ato violento ocorreu.

Em relação às mortes de pessoas idosas por causas externas, as quedas ocuparam a primeira posição nos anos de 2019 a 2023, representando 38% dos óbitos por estas causas, seguido dos acidentes de transportes, com 19%. A respeito das mortes violentas, os homicídios responderam por 8,6% do quantitativo total e o suicídio em 5,6% dos registros. Vale citar que, no Brasil, pessoas acima de 60 anos são consideradas idosas.

De acordo com a gerente estadual de vigilância das doenças não transmissíveis, Rita Murta, os dados demonstram uma realidade que serve de subsídio para que sejam traçadas políticas públicas para alterar esta situação. "Historicamente a população negra é a mais afetada por problemas sociais e os dados do Ministério da Saúde comprovam, mais uma vez, este cenário, que deve ser combatido através de ações intersetoriais", frisou.

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